Espresso Financista: Cena externa pode adiar realização de lucros do mercado

O Financista

Publicado 20.07.2016 09:08

Atualizado 20.07.2016 09:50

Espresso Financista: Cena externa pode adiar realização de lucros do mercado

Na primeira reunião sob o comando de Ilan Goldfajn, Copom deve optar hoje por deixar a Selic estável (Wilson Dias/Agência Brasil)

SÃO PAULO - Bom dia! Aqui está a sua dose diária do Espresso Financista™:

Apito inicial

Após dez valorizações seguidas, na maior série de ganhos desde 2010, a Bolsa brasileira pode ainda não sofrer um ajuste por realização de lucros diante de uma quarta-feira (20) animada no mercado internacional. Resultados acima das expectativas de empresas de tecnologia e do banco Morgan Stanley (NYSE:MS) alimentam o apetite por risco na Europa e em Wall Street.

O destaque do dia é a primeira reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central sob a presidência de Ilan Goldfajn. A aposta majoritária é de manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano. Fica sempre aquela expectativa pelo tom do comunicado a ser divulgado com a decisão do Copom, especialmente na estreia de um comando que pode aprimorar a comunicação oficial com o mercado.

Falando em política monetária, segundo agências internacionais, parte do mercado aguarda alguma iniciativa do Banco Central Europeu na quinta-feira (21) para conter os efeitos do Brexit.

No cenário político brasileiro, após reunião na véspera entre Michel Temer e o núcleo econômico, os jornais apontam que ficou definido o estudo de medidas econômicas com efeito de curto prazo a serem apresentadas em duas semanas, enquanto Henrique Meirelles teria descartado o anúncio de corte de despesas nos próximos dias.

O poder e a economia

O contigenciamento não anunciado - Pessoas que conversaram com Henrique Meirelles disseram que ele descartou um contingenciamento de gastos nesse momento, segundo a Folha de S.Paulo. O Planalto também parece concordar com o comandante da Fazenda. Um ministro que participou da reunião de ontem entre o núcleo político e Michel Temer afirmou ao Valor que o governo pode adiar o anúncio de um novo corte de despesas. A avaliação é que mesmo com a receita não correspondendo às expectativas, as melhores previsões para a economia podem virar o jogo.

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Gestão compartilhada - Michel Temer solicitou ao núcleo econômico do governo um modelo de gestão compartilhada para os Correios. De acordo com a Folha de S.Paulo, a empresa estatal não deve ser privatizada. A ideia seria vender as subsidiárias ligadas a ela e criar uma holding, cujo controle ficaria majoritariamente com o governo.

A turnê do BNDES - O BNDES terá um papel importante na realização de novas concessões para infraestrutura. Em entrevista ao Valor, a presidente do banco de fomento, Maria Silvia Bastos Marques, disse que a instituição, além de coordenar os processos, também poderá participar e financiar os negócios. Ela também afirmou que prepara um “road show” pelos Estados e assim oferecer suporte nas privatizações.

Melhoram projeções para Brasil - O IIF (Instituto Internacional de Finanças), formado pelos 500 maiores bancos do mundo e com sede em Washington, divulgou um documento em que melhora as projeções de crescimento para a economia brasileira. A previsão é que o PIB cresça até 1,5% em 2017 e mais de 3% em 2018. Os juros devem começar a cair a partir de outubro e ficar em 13,25% no fim de 2016 e 10% no ano que vem.

O que acontece no mundo corporativo

Põe na conta - A Odebrecht deu as ações que possui da Braskem (SA:BRKM5), sua controlada, como garantia em contratos com instituições financeiras. Segundo a Reuters, o objetivo é lastrear uma capitalização total de R$ 6 bilhões que o grupo está fazendo na Odebrecht Agroindustrial.

Interesse na Oi (SA:OIBR4) - Segundo o Estadão, os investidores João Cox, ex-presidente da Claro, Mario Cesar de Araújo, ex-presidente da TIM, o banco de investimentos ACGM e Renato Carvalho, fundador da Íntegra, formaram um consórcio para tentar comprar uma fatia da Oi, empresa que está em recuperação judicial com uma dívida de R$ 65,4 bilhões.

Upgrade - A ação da Gol é elevada de venda para manutenção pelo Deutsche Bank, segundo informação da Bloomberg News.

Downgrade - A ação da Randon (SA:RAPT4) é rebaixada para manutenção pelo Santander (SA:SANB11), segundo informação da Bloomberg News.

Dinheirão – A CCR (SA:CCRO3) recebeu o aval do conselho de administração para captar R$ 1,250 bilhão por meio de emissão de debêntures. Os papeis terão prazo de 30 meses, e os recursos serão usados para capitalizar a Companhia de Participações em Concessões (CPC), subsidiária da CCR.

Expansão - A Ser Educacional (SA:SEER3) recebeu, do Ministério da Educação, sinal verde para iniciar as operações da Faculdade Joaquim Nabuco em João Pessoa (PB). A unidade abrirá com 1.200 vagas, mas ao grupo já está presente na cidade, onde conta com cerca de 8 mil alunos.

Abacaxi disputado - A Anatel divulgou a lista de empresas que considera capazes de administrar o processo de recuperação judicial da Oi: Alvarez & Marsal, o Consórcio BDOPro e as firmas de auditoria independente Deloitte e PricewaterhouseCoopers (PwC). Caberá ao juiz responsável pela recuperação judicial da Oi decidir quem ficará com a missão.

Escorpião no bolso - A Petrobras (SA:PETR4) está inclinada a refazer o processo de venda de fatia da subsidiária BR Distribuidora, segundo a Reuters. A estatal não gostou da recente rodada de ofertas recebidas, com preços considerados baixos. Agora, cogita-se compartilhar o controle da distribuidora.

Fala, guri! - Perto de completar dois meses no comando da Petrobras, Pedro Parente mudou a política de comunicação da direção da empresa, mostrando-se aberto ao diálogo com o mercado, a imprensa e até mesmo com o público interno, atendendo a uma antiga demanda do conselho de administração.

Sem papo - A Eletrobras (SA:ELET3) encerrou as negociações com sindicatos após ter uma proposta rejeitada em assembleias de empregados, que têm deliberado pela instauração de greve na holding e em subsidiárias em meio a pedidos de reajuste salarial.

De saída – A Vigor foi bem-sucedida em sua oferta pública de compra de ações para fechar seu capital. Com a operação, foram adquiridas 348 mil ações ordinárias, correspondentes a 0,21% do capital. Com isso, a FB Participações, que controla a empresa, passa a deter pouco mais de 72% dos papeis – mais que os 66,67% necessários para concluir o fechamento.

Revisão – O conselho de administração da Contax (SA:CTAX3) decidiu cancelar a emissão da quinta série de debêntures. Também alterou as condições da emissão da quarta série, que pretende captar R$ 100,8 milhões com o lançamento de 100.843 papeis.

Obra da PDG - A PDG paralisou as obras de empreendimentos em um momento que renegocia a dívida bilionária. O motivo seria a falta de liberação do financiamento realizado junto ao Banco do Brasil (SA:BBAS3). Com apenas R$ 373 milhões de caixa e dívida líquida de R$ 5,4 bilhões, a incorporadora precisa de um acordo com quatro grandes bancos para fugir de uma recuperação judicial, afirma o Estadão.

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