Estúdios de Hollywood buscam evitar greve de atores a partir de meia-noite
Reuters
Publicado 12.07.2023 12:05
Por Lisa Richwine
LOS ANGELES (Reuters) - Os principais estúdios de cinema e televisão de Hollywood e o sindicato que representa 160.000 atores estavam em negociações de última hora nesta quarta-feira antes do prazo de meia-noite para tentar evitar uma segunda greve trabalhista no setor de entretenimento.
O SAG-AFTRA, o maior sindicato de Hollywood, está exigindo uma remuneração maior na era do streaming de TV, além de salvaguardas em relação ao uso de inteligência artificial (IA). Os membros autorizaram uma greve se os negociadores não conseguirem chegar a um acordo, e estrelas como Jennifer Lawrence e Meryl Streep disseram que vão se juntar à paralisação.
Os atores se juntariam a cerca de 11.500 membros da Associação de Roteiristas da América (WGA), que entraram em greve no início de maio. Essa paralisação levou os programas de entrevistas noturnos da televisão a reprises intermináveis e interrompeu a maior parte da produção da temporada de outono da TV e a filmagem de alguns filmes de grande orçamento.
Uma greve do SAG-AFTRA forçaria mais sets de filmagem a fecharem e aumentaria a pressão sobre os estúdios para encontrar uma solução.
Na noite de terça-feira, os negociadores do SAG-AFTRA concordaram com um pedido dos estúdios para chamar um mediador federal. Mas o sindicato disse que os representantes dos estúdios "abusaram de nossa confiança" com vazamentos para a imprensa e não cederiam ao prazo de quarta-feira à noite.
Hollywood não enfrenta uma greve dupla desde 1960, quando membros da WGA e do SAG convocaram paralisações em uma disputa pelos resíduos de filmes vendidos para emissoras de TV.
Hoje, os sindicatos estão lutando contra Netflix (NASDAQ:NFLX), Walt Disney (NYSE:DIS) e outras empresas sobre pagamento e resíduos de serviços de streaming e outras questões, incluindo o uso de IA generativa. Os atores querem garantias de que suas imagens digitais não serão usadas sem sua permissão.
As negociações acontecem em um momento difícil para as empresas de entretenimento que gastaram bilhões de dólares em conteúdo para tentar atrair novos clientes de streaming.
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Escrito por: Reuters
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