Estudo costeiro-marinho começa no Sul e visa a desenvolver economia azul, diz BNDES

Estadão Conteúdo

Publicado 22.03.2024 14:41

Atualizado 22.03.2024 18:10

Estudo costeiro-marinho começa no Sul e visa a desenvolver economia azul, diz BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que o Planejamento Espacial Marinho (PEM) da região Sul terá início após décadas de esforços de diferentes setores nacionais. Com apoio de R$ 7 milhões não reembolsáveis do banco, o PEM mapeará os recursos naturais da costa brasileira com objetivo de desenvolver a chamada economia azul.

A região Sul é a primeira etapa do PEM, que até 2030 deverá ser implementado no Sudeste, Norte e Nordeste. Com o resultado, os governos poderão usar os dados precisos para gerir a exploração sustentável do espaço marinho, explicou o BNDES em nota. Segundo o banco, a região Sul concentra instituições de pesquisa com tradição, além de cinco dos dez principais portos brasileiros.

Responsável pelo trabalho, a Codex Remote, empresa de tecnologia gaúcha especializada em inteligência geográfica e governança, terá o prazo de 36 meses para desenvolver o projeto. O PEM integrará informações de Marinha, BNDES, Ministério do Meio Ambiente, Ibama e órgãos estaduais e de municípios do litoral.

"Esse é um momento crucial para a sustentabilidade do oceano no Brasil. Hoje iniciamos, na prática, a construção do conhecimento da nossa Amazônia Azul. O BNDES se sente honrado em fazer parte dessa construção", afirmou, em nota, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

"A Codex, selecionada por edital, executará o estudo. O banco (BNDES) também ajudará com o conhecimento técnico dos seus especialistas para cada setor econômico coberto pelo PEM: pesca, energia eólica off shore etc.", explicou a gerente da Área de Meio Ambiente do BNDES, Vanessa Mesquita Braga.

Azul (BVMF:AZUL4)

Criado em 1960 pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), o PEM estimula o uso sustentável da Amazônia Azul para alavancar a bioeconomia brasileira. Entre as ações da iniciativa, estão a de regulação jurídica, planejamento e organização para viabilizar a economia azul no País.

Entre os países, o Brasil tem uma das maiores áreas marítimas, com cerca de 5,7 milhões de quilômetros quadrados, contemplando espaços marítimos e costeiros sob jurisdição brasileira. E 18% dos brasileiros moram na faixa litorânea. A economia brasileira depende da chamada "Amazônia Azul", região rica em biodiversidade e recursos: 95% do comércio exterior é feito por meio do mar, que responde por 20% do PIB nacional e 25% dos empregos.

Recentemente, o banco lançou a iniciativa "BNDES Azul", uma nova frente para desenvolver a economia azul brasileira com investimentos focados em pesquisas dos usos possíveis do mar, por meio do PEM, na descarbonização da frota naval e na infraestrutura portuária. Pesca, turismo, transporte marítimo, exploração de petróleo, bioenergia e preservação de sítios ambientais são apenas algumas das atividades a serem desenvolvidas.

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O BNDES tem cerca de R$ 22 bilhões em carteira relacionados à economia azul. Do total, R$ 13,6 bilhões são para projetos de docagem, embarcações de apoio, estaleiros e navios petroleiros. Outros projetos, de transporte marítimo, portos, terminais e embarcações respondem por R$ 7,7 bilhões de apoio. Para o setor de turismo marinho e costeiro, o Banco tem em carteira R$ 296,7 milhões e, para o apoio a projetos de recuperação de manguezais, são R$ 47 milhões no âmbito da iniciativa Floresta Viva, em parceria com a Petrobras (BVMF:PETR4).

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