EUA e UE estudam novas tarifas sobre a China para combater “mudança climática”

Investing.com  |  Autor Alessandro Albano

Publicado 06.12.2022 08:44

Atualizado 06.12.2022 11:47

Por Alessandro Albano

Investing.com – Apesar das críticas ao projeto de lei sobre o clima do presidente americano Joe Biden, a União Europeia e os Estados Unidos estão cogitando aplicar novas tarifas ao aço e ao alumínio da China, em um esforço para combater as emissões de carbono e evitar uma sobrecarga pelo lado da oferta.

De acordo com a Bloomberg, a ideia partiu dos EUA e ainda estaria em estágio embrionário, sem uma proposta formal, mas permite notar como a dissociação com a China e sua esfera de influência também está mudando no front climático.

De acordo com fontes citadas pela agência, ainda deve levar vários meses para que Washington e Bruxelas cheguem a um acordo, mas houve indicações de que um “prazo otimista” seria o fim de 2023.

As novas tarifas, portanto, não são imediatas, mas se inserem em um complexo contexto de relações internacionais, não apenas com a China, mas também no âmbito do Front Ocidental, em vista do descontentamento de Bruxelas com a Lei de Redução de Inflação de US$ 430 bilhões do governo americano.

Trata-se de uma lei que oferece grandes isenções tributárias para fabricantes de veículos elétricos dos EUA e pode gerar graves danos para as montadoras europeias, segundo autoridades da UE.

De fato, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, declarou que a UE adaptará suas normas de auxílio estatal, a fim de evitar o êxodo de investimentos, enquanto o ministro da Fazenda da França, Bruno Le Maire, declarou que ele e o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, iniciaram tratativas com seus pares americanos para isentar todos os produtos verdes do bloco, segundo a Reuters.

Vale lembrar que a China produz mais de 60% do aço e 57% do alumínio no mundo e que tanto os EUA como a UE já aplicam tarifas sobre produtos chineses. De acordo com dados aduaneiros do país asiático, citados pela Reuters, as exportações de aço para os EUA no ano passado responderam por 2,1% das remessas totais para o estrangeiro, enquanto as exportações de alumínio giraram em torno de 5%.

A resposta à notícia foi eloquente: em Hong Kong, a Aluminum Corporation of China (HK:2600) se valorizou 1,4%, ao passo que, em Nova York, a Alcoa Corporation (NYSE:AA) e a Arconic Corporation (NYSE:ARNC) se desvalorizaram 7,7% e 6,4%, respectivamente, após a revelação sobre o novo projeto de lei sobre o clima de Biden

 

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