Taylor Swift adia show no Rio de Janeiro devido ao calor extremo após morte de fã
Reuters
Publicado 18.11.2023 09:44
Atualizado 18.11.2023 19:06
(Reuters) - A cantora norte-americana Taylor Swift anunciou neste sábado o adiamento de seu segundo show no Rio de Janeiro devido às "temperaturas extremas" na região, em uma decisão de última hora no dia seguinte à morte de uma fã que passou mal no local da apresentação.
Ana Clara Benevides, de 23 anos, foi encaminhada ao posto médico do Estádio Nilton Santos, na Zona Norte do Rio, e depois transferida para o Hospital Salgado Filho, mas veio a óbito após quase uma hora de atendimento emergencial, disse a produtora do evento T4F (BVMF:SHOW3) em nota neste sábado.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória e, apesar de manobras de reanimação, não resistiu. A pasta acrescentou que ainda não se sabe a causa da morte, que será investigada pelo Instituto Médico Legal (IML).
"Estou escrevendo isso do meu camarim no estádio. A decisão de adiar o show de hoje foi tomada devido às temperaturas extremas no Rio", escreveu Taylor Swift no Instagram. "A segurança e o bem-estar dos meus fãs, colegas de apresentação e equipe precisam e sempre virão em primeiro lugar."
A T4F disse que o show foi adiado para segunda-feira e que todos os ingressos para a apresentação deste sábado permanecerão válidos.
Com um público de cerca de 60 mil pessoas, o primeiro show da Taylor Swift no Brasil aconteceu no mesmo dia em que o Rio registrou sensação térmica recorde de 59,3 graus Celsius.
A cantora, que está no Brasil para seis shows como parte de sua turnê Eras Tour, disse mais cedo estar "devastada" com a notícia da morte da fã e mandou condolências à família e amigos da jovem.
"Não consigo nem expressar o quão devastada eu estou por isso", escreveu a cantora em rede social. "Quero dizer que sinto profundamente essa perda agora, e meu coração partido está com sua família e seus amigos. Essa é a última coisa que eu pensei que aconteceria quando decidimos trazer esta turnê para o Brasil."
Diante de queixas de dificuldade de acesso à água no local e em reação à tragédia, o governo federal estabeleceu, em portaria editada neste sábado, a garantia ao acesso gratuito de garrafas de uso pessoal e a disponibilização de bebedouros ou distribuição de embalagens com água adequada para consumo, mediante a instalação de "ilhas de hidratação", sem qualquer custo adicional.
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"A partir de hoje, por determinação da Secretaria do Consumidor do Ministério da Justiça, será permitida a entrada de garrafas de água de uso pessoal, em material adequado, em espetáculos", escreveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em rede social.
Mais cedo, a Secretaria Nacional do Consumidor já havia determinado à T4F que assegurasse o acesso à água em todos os shows da Taylor Swift no Brasil.
A empresa disse em nota que está reforçando seu plano de ação para o evento, especialmente o fornecimento de água gratuita nas filas e em todos os acessos e entradas ao estádio e no seu interior, e que irá permitir a entrada com copos de água lacrados, garrafas plásticas flexíveis e alimentos industrializados, também lacrados.
"Ressaltamos que a proibição de garrafas de água em estádios é uma exigência feita por órgãos públicos e que não realizamos a comercialização de bebidas e alimentos, sendo essa uma atribuição da administração do estádio", acrescentou a empresa.
Além do show deste sábado, Taylor Swift também tem apresentação marcada para este domingo no Rio. A organização não se pronunciou sobre o concerto, que seria o último da cantora na cidade.
A previsão é de temperaturas extremas neste final de semana no Rio, com máximas de 42 e 30 graus Celsius no sábado e no domingo, respectivamente, de acordo com a plataforma Climatempo.
A Reuters testemunhou fãs sofrendo com o calor enquanto esperavam para entrar no show. No próximo final de semana, de 24 a 26 de novembro, a cantora se apresenta em São Paulo, no Allianz (ETR:ALVG) Parque.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas, em São Paulo, Marcela Ayres e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)
(Edição de Pedro Fonseca e Marcela Ayres)
Escrito por: Reuters
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