Fala de CEO não reverte queda de Cielo após resultado abaixo do esperado do 1º tri

Investing.com  |  Autor 

Publicado 24.04.2019 11:26

Fala de CEO não reverte queda de Cielo após resultado abaixo do esperado do 1º tri

Investing.com - As cotações dos papéis da Cielo (SA:CIEL3) estão sob efeito gangorra na manhã desta quarta-feira no Ibovespa. A companhia de adquirência de cartões iniciou o dia em forte queda de quase 4% sob influência do resultado do primeiro trimestre divulgado na noite de terça-feira, após fechamento do mercado. No entanto, a teleconferência do diretor-presidente Paulo Cafarelli com investidores nesta manhã reverteu a baixa para uma alta de mais de 3%.

As ações da companhia são negociadas a R$ 8,30 às 11:23, baixa de 0,60%. Os papéis da companhia seguem o pessimismo em torno do Ibovespa nesta manhã, que cede a 1,37% com tensão externa e cautela da Previdência.

h2 Resultado e Teleconferência/h2

Cafarelli explicou o resultado do 1º trimestre, que veio abaixo do consenso de mercado no Ebtida e nas receitas. A empresa mostrou lucro R$ 548,5 mi (-45%), Ebitda R$ 828,7 mi (-34%) e receita R$ 2,77 bi (-0,4%).

Sob uma forte concorrência que levaram as ações da empresa despencar mais de 50% em 12 meses, houve uma queda de 15 pontos percentuais na margem Ebtida, para 29,6%, mesmo com crescimento o volume (+3%) e na base instalada (+20%).

Os investidores deram, no entanto, o benefício da dúvida ao executivo, que abordou a reestruturação da adquirência, assim impulsionando a cotação.

Cafarelli prometeu manter a Cielo na liderança e que negociará com bancos a implementação de novos serviços, entre os quais a oferta de terminais grátis aos clientes, pagamentos instantâneos de compras a lojistas e antecipação de recebíveis instantânea – mas com cobrança de uma taxa de deságio. As medidas seguem as recentes iniciativas da concorrência.

Além disso, o executivo também mencionou o interesse da Cielo em participar da concorrência pela parceria da ala de divisões de cartões da Caixa Econômica Federal, que deve acontecer em breve.

Sobre o forte crescimento das despesas com pessoal de vendas, administrativo e de marketing, Cafarelli apontou que triplicou a força de vendas, trazendo mais de 1,5 mil clientes novos por dia. A promessa é aumentar a conquista de novos clientes para um fluxo de 2 mil clientes por dia. Na avaliação do CEO, os preços cobrados pelos processadores de cartões no Brasil ainda devem cair nos próximos meses, não se comprometendo se a Cielo vai atingir a meta de lucro anual.

h2 Recomendação/h2
Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

O BTG (SA:BPAC11) manteve neutra a recomendação sobre o papel em relatório divulgado a clientes nesta manhã, com preço-alvo em R$ 10,50. Analistas do banco apontam que a iniciativa da concorrente Rede, de zerar a taxa de antecipação de recebíveis a pequenos lojistas nas vendas com cartões de crédito à vista, uma ameaça de a Cielo não atingir suas metas de 2019.

A Suno Research recomenda os investidores a se manter afastados das ações da companhia por tempo indeterminado. A casa de análise ressalta a forte concorrência após a medida da Rede, que busca entrar no mercado de pequenas empresas, segmento com liderança de Stone e PagSeguro (NYSE:PAGS) e no qual Cielo está buscando ganhar participação.

Para a Mirae Asset, a expectativa do mercado era que o resultado já viesse com quedas em relações a períodos anteriores, mas os números vieram abaixo do esperado. Mesmo sob a forte concorrência no setor, analistas da corretora recomendam a compra do papel apenas para posições de longo prazo, pois no curto prazo haverá redução de margens.

A XP Investimentos também manteve a recomendação em neutra, com preço-alvo em R$ 10. A corretora não vê espaço para queda em resultados e dividendos.

Já a Eleven Financial está mais pessimista com o papel. A casa de research rebaixou o papel para venda, reduzindo o preço-alvo de R$ 13 para R$ 7,50.

h2 Ações dos concorrentes/h2

A PagSeguro segue a Cielo e opera em baixa de 0,29% a US$ 26,21, enquanto a Stone segue tendência oposta e sobe 3,42% a US$ 26,00. Os dois papéis são negociados em Nova York.

A Linx (SA:LINX3), empresa de software que anunciou recentemente a entrada no mercado de adquirência, sobe 0,97% a R$ 32,31 na B3. A Rede não tem papéis negociados em Bolsa de Valores.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações