Faros quer ser 1º agente autônomo de investimento a abrir o capital no Brasil

Estadão Conteúdo

Publicado 10.09.2020 04:33

Atualizado 10.09.2020 07:55

Faros quer ser 1º agente autônomo de investimento a abrir o capital no

Um dos maiores escritórios de agentes de investimento autônomos do País, a Faros está com o processo encaminhado para sua estreia em Bolsa de Valores. O plano da empresa é se tornar a primeira brasileira dessa área a fazer um IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), no fim do próximo ano. Por trás da iniciativa está o crescimento do interesse dos investidores na diversificação de seus portfólios, em um cenário de juro real próximo a zero.

Além da iniciativa de abertura de capital, o movimento da Faros revela também mais uma estratégia na disputa das plataformas de investimentos para manter seus parceiros satisfeitos e evitar o assédio da concorrência. No caso específico da XP, com a qual a Faros mantém uma parceria há oito anos, essa briga foi marcada pela saída recente de seu maior escritório de agentes autônomos, o EQI, em direção ao BTG Pactual (SA:BPAC11).

Com R$ 10 bilhões em ativos sob custódia, a Faros tem 50 profissionais e escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo. O plano da companhia é ganhar musculatura e elevar para até R$ 25 bilhões o total de ativos sob gestão para justificar a abertura do capital.

Parece uma meta ambiciosa, mas a empresa tem conseguido multiplicar sua operação nos últimos anos. Fundada em 2011 por Felipe Bichara e Samy Botsman, a Faros chegou à plataforma da XP com uma carteira de R$ 350 milhões. A companhia tem se dedicado aos clientes de maior renda - com um valor disponível de R$ 4 milhões, em média, para investimentos.

Para levar adiante o plano, também será necessário que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) altere a regulação atual para os escritórios de agentes autônomos. "Estamos prontos em termos de governança, temos uma área de compliance (cumprimento da legislação) e gastado muita energia nesse desejo", disse Bichara, sócio-fundador da Faros.

Segundo o executivo, a escolha entre a Bolsa brasileira e a norte-americana, que foi a opção de sua "mentora" XP, ainda não está feita. "Não descartamos ir lá fora, mas ainda há um dever de casa a ser feito por aqui. Essa escolha deverá vir num segundo momento."

O principal gatilho para que a Faros chegue à Bolsa não está, entretanto, nas mãos dos executivos, mas sim nas do regulador. Estão previstas mudanças na atual norma que rege o trabalho dos agentes autônomos. Entre elas está a permissão para que os escritórios tenham sócios e investidores que não sejam, obrigatoriamente, agentes autônomos certificados.

Com essa etapa vencida, a Faros poderá servir de termômetro de mercado. Bichara disse que alguns de seus clientes já sinalizaram interesse em investir na Faros, assim como algumas instituições financeiras.

A restrição a sociedades está prevista na atual instrução 497 da CVM, que tem frustrado o ímpeto de investimento nesses escritórios. As alterações poderiam ter ocorrido em 2020, não fosse a pandemia, que atrasou a agenda da autarquia.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Sem amarras

O presidente da XP Inc. (NASDAQ:XP), Guilherme Benchimol, admite que as plataformas precisam ajudar no negócio de seus parceiros. "Temos de nos adaptar aos anseios dos escritórios", disse Benchimol. Para ele, a Faros deve incentivar outras casas de agentes autônomos a trilhar o mesmo caminho. Há dois outros escritórios de tamanho semelhante ao da Faros - Monte Bravo e Messem - ligados à XP.

Benchimol disse que o objetivo é seguir estimulando o mercado e democratizando os investimentos. Ele lembrou que não existe nada que proíba um escritório que abriu o capital de se transformar em uma corretora concorrente da XP.

O próprio Bichara não descarta uma transformação futura do negócio da Faros. "Muitos acreditam que o modelo final é ser uma corretora, mas estamos com uma vertente diferente de expansão de nosso negócio e acredito que, se quiséssemos seguir por este caminho, a XP buscaria entender nosso desejo", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações