FECHAMENTO: Veto do ajuste do diesel derruba Petrobras e Ibov; exterior em alta

Investing.com  |  Autor 

Publicado 12.04.2019 17:36

FECHAMENTO: Veto do ajuste do diesel derruba Petrobras e Ibov; exterior em alta

Investing.com - A reforma da Previdência é o carro-chefe para avaliação do prêmio de risco nos ativos brasileiros. A sexta-feira (12) reservou até notícias positivas para que o Ibovespa aproveitasse algo da onda do apetite ao risco que tomou conta dos mercados mundiais. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro entrou em polêmica ao solicitar a suspensão do reajuste do diesel, medida que relembrou medidas intervencionistas da ex-presidente Dilma Rousseff, colocando em dúvida a implantação da agenda liberal em seu governo.

O Ibovespa despencou 1,98% a 92.875 pontos, a pior performance entre os principais índices e destoando da alta nas bolsas americanas e do desempenho de seus pares emergentes no exterior. O iShares MSCI dos países emergentes ficou em alta de 0,73%e na Bolsa de Nova York. O dólar refletiu a desconfiança política e subiu 0,83% a R$ 3,8892, chegando a ser negociada a R$ 3,90 durante a sessão.

h2 Petrobras (SA:PETR4)/h2

A desconfiança iniciou com a Petrobras anunciando a suspensão do ajuste de 5,7% do diesel após solicitação do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da Petrobras de suspender o aumento. A estatal, entretanto, informou que "revisitou" sua posição e decidiu adiar o aumento do combustível, afirmando que "há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel". No entanto, Bolsonaro afirmou que ficou surpreso ontem com o anúncio de reajuste de 5,7% do diesel e pediu explicação da estatal para o aumento.

O receio do governo é a escalada do descontentamento dos caminhoneiros com o aumento do diesel a ponto de deflagrar uma greve análoga à realizada no ano passado, quando o Brasil passou por um desabastecimento por duas semanas. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) monitora há meses o movimento da categoria, um dos pilares para a vitória eleitoral de Bolsonaro no ano passado.

Mesmo se a decisão seja pragmática, ela vai trazer perdas diárias de R$ 13 milhões à Petrobras, segundo estimativa Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Por isso, as ações lideraram as perdas do Ibovespa, com queda de 7,75% a R$ 25,83 para PETR4 e 8,54% a R$ 29,13 para PETR3 (SA:PETR3). As ADRs da Petrobras negociadas em Nova York também refletiram o mau humor dos investidores com a medida e despencaram 9,29% a US$ 14,94.

As ações da estatal não aproveitou a subida do preço internacional do petróleo. O Brent, referência mundial e negociado em Londres, subiu 1,04% a US$ 71,57, enquanto o WTI negociado em Nova York ganhou 0,36% a US$ 63,81.

h2 Reforma da Previdência/h2
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Acordo firmado na CCJ inverteu a ordem da pauta da audiência de segunda-feira na Comissão, colocando a votação do PEC do Orçamento impositivo antes da reforma da Previdência. Foi uma exigência de PP, DEM e MDB – entre outros partidos do chamado Centrão – para não obstruir a votação da Previdência, que é o objetivo da oposição. A inversão atrasa a tramitação da reforma na CCJ, mas não inviabiliza votação sua votação na semana que vem, permitindo que a votação no plenário da Câmara ainda possa ocorrer no primeiro semestre.

Já a manchete da primeira página da edição de sexta-feira do Valor Econômico informa que aumentou o apoio à reforma da Previdência na Câmara dos Deputados em relação a março. Hoje são 201 deputados favoráveis às novas regras da aposentadoria, 52 a mais que em 13 de março. São 98 com apoio total (contra 95 no mês anterior) e 103 com apoio parcial, grupo que teve a maior alta.

No entanto, pesa contra a reforma a extensão da investigação do presidente da Câmara Rodrigo Maia. A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga Maia e seu pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia, por suspeita de receber propinas da Odebrecht. Maia é visto como pilar para a articulação no Congresso para conseguir os 308 votos necessários no plenário para aprovação da reforma.

h2 Exterior/h2

As exportações cresceram acima do esperado e levaram algum alívio a investidores que buscam sinais de estabilização da segunda maior economia do mundo. As vendas externas em março subiram 14,2 por cento sobre o ano anterior, acima dos 7,3% após queda de 20,8% em fevereiro. Mas as importações recuaram 7,6% sobre o ano anterior, pior do que a expectativa de queda de 1,3% e acima do recuo de 5,2% em fevereiro.

Nos EUA, uma fusão no setor energético e balanço do JP Morgan impulsionaram o apetite ao risco dos investidores. A Chevron (NYSE:CVX) anunciou nesta sexta-feira que vai comprar a Anadarko Petroleum por US$ 33 bilhões em dinheiro e ações, para reforçar sua posição no mercado de xisto e de gás natural liquefeito (GNL), marcando a maior fusão do setor desde que a Shell comprou a BG em 2016.

JPMorgan tem lucro acima do esperado no 1º tri, um recorde de US$ 9,18 bilhões, ou US$ 2,65 por ação, no trimestre encerrado em 31 de março, ante US$ 8,71 bilhões de dólares, ou US$ 2,37 dólares por ação, um ano antes. Analistas estimavam lucro de US$ 2,35 dólares por ação, de acordo com dados IBES da Refinitiv. Resultado trouxe alívio, diminuindo preocupações de que uma desaceleração no crescimento econômico poderia pressionar seus resultados.

Os índices americanos encerraram em alta. Dow Jones saltou 1,03%, S&P 500 subiu 0,65% e Nasdaq teve ganhos de 0,46%.

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