Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Investing.com  |  Autor Geoffrey Smith

Publicado 24.11.2022 09:16

Atualizado 24.11.2022 09:38

Por Geoffrey Smith e Leandro Manzoni

Investing.com -- É Dia de Ação de Graças, e as bolsas de valores americanas estão fechadas para um merecido descanso. O resto do mundo está agradecendo pela ata do Fed divulgada ontem que fortaleceu a narrativa do "pivô dovish" (diminuição do aperto monetário), esmagando o dólar e os rendimentos dos títulos americanos e dando descanso às moedas maltratadas em todo o mundo.

A exceção é a China, onde a capital Pequim está voltando para um lockdown, já que os casos COVID-19 atingiram um recorde. Os mercados europeus estão mais altos após uma melhora surpresa no índice Ifo de confiança empresarial alemã. E Changpeng Zhao promete mais detalhes sobre seu fundo de recuperação criptográfico.

No Brasil, mercado precifica taxa Selic a 15% ao ano no primeiro semestre do ano que vem.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quinta-feira, 24 de novembro.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

h2 1. Pequim volta para o lockdown com recorde de casos de Covid-19/h2

Pequim está de volta ao lockdown. Em vários distritos da capital chinesa, as pessoas estão sendo convidadas a trabalhar em casa, enquanto lojas não essenciais estão fechadas e restaurantes estão abertos apenas para levar.

O número de casos triplicou na última semana, um padrão repetido em todo o país, já que tentativas tentativas de relaxamento das restrições inevitavelmente provocaram um aumento das infecções.

O iuan offshore, que caiu quase 2% nos últimos 10 dias em meio a uma onda crescente de notícias negativas na frente da saúde, ficou estável hoje.

CONFIRA: Cotação das principais taxas de câmbio

h2 2. O dólar enfraquece com a ata do Fed; ações em alta na Ásia e na Europa/h2

O dólar se enfraqueceu e os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos testaram um mínimo de sete semanas após a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve mostrou uma sólida maioria a favor de desacelerar o ritmo de alta da taxa de juros em meio a sinais crescentes de uma desaceleração econômica.

A desinflação em habitação e bens está em pleno andamento, apesar da força surpreendente em vendas de casas novas e bens duráveis relatada na quarta-feira.

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Às 09h23, o índice dólar, que acompanha o dólar contra uma cesta de moedas de economias desenvolvidas, caiu 0,15% a 105,812, testando uma mínima de três meses, já que a libra voltou aos níveis vistos pela última vez antes da derrocada da "Trussonomics". O título de 10 anos caiu 2 pontos base a 3,69%, enquanto o título de 2 anos caiu 1 ponto base a 4,47%.

CONFIRA: Monitor da taxa de juros do Federal Reserve nas próximas reuniões

Com os mercados americanos fechados para o feriado de Ação de Graças, o foco tem sido a Europa e a Ásia, onde a tendência tem sido geralmente positiva, graças às atas do Fed.

O grande destaque tem sido a China, onde os índices locais caíram em até 0,6%, enquanto as perspectivas de outra luta economicamente prejudicial com a COVID cresceram.

Às 09h26, o Euro Stoxx 600 subia 0,46% em seu ponto mais alto em mais de três meses, já que uma recuperação do euro prometeu algum alívio na frente dos custos de importação, reduzindo a pressão da inflação em energia.

O sentimento também foi ajudado pela melhora no clima empresarial alemão Ifo, o que corroborou o aumento na pesquisa de negócios da S&P na quarta-feira. O componente "expectativas" do índice Ifo subiu à medida que a ameaça de racionamento de gás recuou e o pacote de alívio maciço do governo se aproximou de ser promulgado.

CONFIRA: Cotação dos principais índices globais

h2 3. Selic a 15% no primeiro semestre de 2023? É o que o mercado precifica/h2

As incertezas quanto ao novo regime fiscal do governo eleito do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pressionam o mercado de juros futuros no Brasil. Os níveis são os mais altos desde 2016, ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016).

Os alertas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o futuro das contas públicas trouxeram ontem ainda mais pressão às taxas. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 14,585% (regular) e 14,570% (estendida). A do DI para janeiro de 2025 subiu de 13,69% no ajuste para 13,94% (regular e estendida) e a do DI para janeiro de 2027 terminou em 13,77% (regular) e 13,74% (estendida).

"É importante conseguir equacionar essa necessidade do social, de atender aos necessitados e atender as pessoas que sofreram com o efeito da pandemia, mas também gerar um equilíbrio fiscal", disse Campos Neto em evento promovido pela BlackRock (NYSE:BLK) Brasil.

A indefinição sobre o prazo que os recursos destinados ao novo Bolsa Família – manutenção dos R$ 600 mensais do Auxílio Brasil acrescido de R$ 150 por criança até 6 anos – fique fora do teto de gastos, o valor total das despesas que não serão contabilizados na atual regra fiscal, qual será a nova âncora fiscal e quem deve ser o ministro da Fazenda levou o mercado de juros futuros a prever a possibilidade de alta da taxa Selic em 15% no primeiro semestre de 2023, de acordo com o jornal Valor Econômico. A taxa está atualmente em 13,75%.

Segundo a Agência Estado, a precificação na curva a termo indica apostas divididas para o Copom de dezembro, entre manutenção dos 13,75% e alta de 0,25 ponto porcentual (50% de chance para cada). Para fevereiro, há também 50% de chance para elevação de 0,25 e 50% para 0,50 ponto. Cortes aparecem na curva a partir de setembro e a projeção é de Selic fechando 2023 em 14,50%. Os cálculos são da Greenbay Investimentos.

De acordo com o último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira, o mercado prevê um início de corte de juros no 2º semestre do ano que vem menor do que o previsto na semana passada. A taxa Selic foi projetada a terminar 2023 a 11,5% contra 11,25% na semana anterior.

Na abertura de mercado, o Ibovespa Futuros operava em alta de 1,11% a 110.364 pontos, enquanto o dólar futuro caía 0,78% a R$ 5,317 às 09h32. A melhora na percepção de risco no Brasil ocorre com a rejeição da contestação das urnas para o resultado do 2º turno pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

CONFIRA: Cotação das ações brasileiras

h2 4. Binance deve publicar detalhes sobre o fundo de recuperação no mercado cripto/h2

O CEO do Binance, Changpeng Zhao, disse que publicará mais detalhes de seu fundo proposto para apoiar a indústria de criptomoedas na sequência do colapso da FTX.

Zhao disse que houve um interesse considerável em sua ideia durante uma reunião no Twitter no início deste mês, apesar do enorme golpe na confiança no setor devido a revelações de excesso, má administração e suposta má fé na FTX antes que ela implodisse.

O fundo de Zhao tem o objetivo ostensivo de impedir o contágio de empresas criptos saudáveis. Os céticos têm sugerido que sua intenção final é proteger a próprio Binance de se tornar o próximo dominó a cair. Zhao insiste que a estabilidade financeira de Binance está assegurada.

CONFIRA: Cotação das criptomoedas

h2 5. O petróleo cai com COVID na China/h2

Os preços do petróleo bruto caíram novamente à medida que as notícias da COVID da China pioravam. A China tem sido o principal fator de oscilação na maioria das previsões para a demanda global neste ano e no próximo, e a perspectiva de um bloqueio generalizado durante o inverno - ou de um colapso geral na confiança dos consumidores se o vírus for permitido se espalhar fora de controle - ainda é o maior risco para essas previsões. Os receios de que os problemas econômicos possam ser agravados pela agitação civil também estão começando a crescer, após protestos violentos na fábrica do iPhone em Zhengzhou da Foxconn (TW:2354) no início desta semana.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

Às 09h35, o contrato futuro do petróleo WTI, negociado em Nova York, caíam 0,35% a US$ 77,67 por barril, enquanto do petróleo Brent, cotado em Londres e referência mundial de preços, recuava 0,74% a US$ 84,78 por barril.

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