Focado em Brasília, Ibovespa sobe 1,25%, perto de 119 mil; na semana, +0,69%

Estadão Conteúdo

Publicado 08.07.2023 05:00

Focado em Brasília, Ibovespa sobe 1,25%, perto de 119 mil; na semana, +0,69%

No meio da tarde, com novos sinais de avanço da pauta econômica no Congresso em dia atípico para votações, o Ibovespa operou nos maiores níveis desta sexta-feira, em que fechou em alta um pouco mais contida, de 1,25%, aos 118.897,99 pontos, buscando no melhor momento se reaproximar de resistência na região dos 120 mil pontos. Hoje, saiu de mínima na abertura aos 117.426,95 e atingiu no pico da sessão 119.548,71 pontos (+1,81%), com giro financeiro a R$ 24,4 bilhões no encerramento. Na semana, acumulou leve ganho de 0,69%, vindo de perda de 0,75% na anterior, quando havia interrompido série de nove semanas em alta. No ano, o índice sobe 8,35%.

Pela manhã, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos - com geração de vagas de trabalho em junho abaixo do que se chegou a temer, após a forte leitura do dia anterior no levantamento da ADP - e, na madrugada desta sexta-feira, a passagem da reforma tributária em dois turnos pela Câmara dos Deputados, com a suspensão do interstício de votação, foram os fatores que deram amparo, desde cedo, ao apetite por risco na B3 (BVMF:B3SA3) nesta última sessão da semana.

Em Nova York, os três principais índices acionários oscilaram entre perdas e ganhos moderados ao longo desta sexta-feira, em que fecharam em baixa, cedendo terreno na semana: hoje, Dow Jones -0,55%, S&P 500 -0,29% e Nasdaq -0,13%.

"O resultado do 'payroll' foi muito importante para estabilizar o mercado hoje, após toda a volatilidade que se viu ontem com os dados da ADP, muito acima do consenso", diz o analista Lucas Serra, da Toro Investimentos. Ele destaca também os movimentos no câmbio e na curva de juros, que recuaram bem depois da divulgação dos números desta sexta-feira sobre o mercado de trabalho americano - embora este continue em situação sólida, que ainda endereça aumento de 25 pontos-base para a taxa de juros na próxima reunião do Federal Reserve, no fim do mês, acrescenta.

Se ontem, na B3, apenas cinco ações do Ibovespa haviam conseguido se dissociar da aversão a risco que prevalecia desde o exterior - com a perspectiva de retomada dos aumentos de juros nos EUA ainda em julho -, hoje seis de 86 componentes da carteira do índice fecharam a sessão em baixa: Embraer (BVMF:EMBR3) (-1,99%), Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3) (-0,68%), Hypera (BVMF:HYPE3) (-0,33%) e Arezzo (BVMF:ARZZ3) (-0,12%), além de Petrobras ON (BVMF:PETR3) (-0,54%) e PN (-0,51%).

Na ponta ganhadora nesta sexta-feira, Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (+10,15%), Petz (BVMF:PETZ3) (+8,51%), IRB (BVMF:IRBR3) (+7,45%), BRF (BVMF:BRFS3) (+7,23%) e 3R Petroleum (BVMF:RRRP3) (+7,04%). Entre os grandes bancos, os ganhos na sessão chegaram a 1,94% (BB (BVMF:BBAS3) ON) no encerramento.

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Vale ON (BVMF:VALE3) subiu 0,94% mesmo com o recuo de quase 2% para os preços do minério de ferro na China, enquanto Petrobras (BVMF:PETR4) chegou a ensaiar alta à tarde, mas ao fim não conseguiu se alinhar aos ganhos disseminados no Ibovespa e também ao avanço superior a 2% para o Brent e o WTI na sessão, com o enfraquecimento do dólar pós-payroll. Na semana, ambos os barris de petróleo subiram mais de 4%.

No começo da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários da Casa para garantir a votação do projeto de lei que retoma o chamado "voto de qualidade" no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Logo após o encontro no gabinete do deputado alagoano, foi retomada a sessão em plenário, para votar destaques da reforma tributária em segundo turno. E, após intenso diálogo com o governo, a Câmara decidiu também deliberar, no mesmo dia, sobre o projeto do Carf - um item da pauta considerado chave para a equipe econômica. O sinal de que a agenda econômica está ganhando dinamismo maior na tramitação pelo Legislativo animou os investidores, levando o Ibovespa a máximas da sessão no meio da tarde. No fim do dia, o projeto de lei sobre o Carf foi aprovado de forma simbólica, na Câmara, passando então aos destaques.

Apesar da sequência vitoriosa para o governo, há nas entrelinhas alguma cautela quanto ao formato final da proposta de reforma tributária, considerando mudanças incorporadas ao texto. "Há consenso de que a aprovação impactará, com um aumento na produtividade, possibilitando redução no tempo e no dinheiro gasto com obrigações tributárias. No entanto, ainda é cedo para precisar quais serão os efeitos no sistema financeiro", observa, por exemplo, a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), em nota.

"Entendemos que as exceções colocadas no texto, a transição mal calibrada, a governança do imposto (por meio do Conselho Federativo), a preservação dos incentivos do ICMS por meio de subsídios (com o Fundo de Compensação de Incentivos do ICMS), dentre outras dificuldades que ficaram para tratamento por leis complementares, colocam um viés negativo sobre o resultado final", enumera a Warren Rena em nota do economista-chefe, Felipe Salto, ex-secretário de Fazenda do Estado de São Paulo. "O Senado ainda poderá fazer modificações ou mudar o rumo das discussões e da apreciação do texto que sairá da Câmara", acrescenta.

Outro ponto crucial da pauta econômica no Congresso, o arcabouço fiscal, que deve retornar à Câmara após modificações no Senado, deve ser aprovado com "alterações mínimas", disse nesta sexta-feira Arthur Lira em entrevista à GloboNews, na qual antecipou que a votação da matéria deve ficar mesmo para agosto.

Vindo de ganho de 9% em junho, e de um avanço adicional, de 0,69%, nesta primeira semana de julho, o mercado financeiro ficou um pouco mais cauteloso quanto ao desempenho das ações no curtíssimo prazo, aponta o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a parcela dos que acreditam que a Bolsa fechará a próxima semana acumulando ganhos recuou para 33,33%, de 62,50% na pesquisa passada. Em contrapartida, a fatia dos que esperam variação neutra saltou de 12,50% para 50,00%, enquanto os que preveem perda representam 16,67%, de 25,50% na semana passada.

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