GNA assina contrato com Siemens para termelétrica no Porto do Açu

Reuters  |  Autor 

Publicado 03.04.2019 13:47

GNA assina contrato com Siemens para termelétrica no Porto do Açu

SÃO PAULO (Reuters) - A Gás Natural Açu (GNA), joint venture entre Prumo (SA:PRML3) Logística, a petroleira BP e Siemens, assinou contrato com a Siemens para fornecimento de equipamentos e futura prestação de serviços de operação e manutenção de uma termelétrica que será construída pelo grupo no Porto do Açu, no Rio de Janeiro.

Segundo a Siemens, o negócio inclui a entrega pela empresa de três turbinas a gás, uma a vapor, quatro geradores e outros componentes e sistemas, além da operação e manutenção (O&M) da unidade, incluindo monitoramento remoto.

Em paralelo, a GNA anunciou em nota que concluiu o financiamento de longo prazo do empreendimento, que terá 1,3 gigawatt em capacidade quando concluído.

O financiamento incluiu um contrato com a International Finance Corporation (IFC) no valor de 288 milhões de dólares, em março, e outro de 1,76 bilhão de reais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o alemão KfW IPEX-Bank, fechado em dezembro de 2018.

A construção da usina começou em 2018, com a operação prevista para iniciar em 2021, segundo a Siemens.

O projeto inclui a construção de um terminal para importação e regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) que será utilizado para abastecer a usina.

Além dessa usina, conhecida como UTE GNA I, a associação entre Prumo, BP e Siemens irá construir a UTE GNA II, com 1,7 gigawatt em capacidade, como parte do mesmo complexo no Açu. Ambas unidades já têm contratos de venda de energia fechados em leilão.

"Com uma capacidade total de 3 gigawatts, Açu vai se tornar o maior complexo termelétrico da América Latina", disse a Siemens em nota, destacando que a GNA já tem licença para implantar até 6,4 gigawatts em capacidade de geração na região das usinas.

A CEO da Siemens Gas and Power, Lisa Davis, destacou em nota o modelo comercial do projeto, em que a Siemens entrou como sócia junto à Prumo e à BP para viabilizar a usina.

"Nossa participação na GNA demonstra o comprometimento da Siemens com novas estratégias comerciais que endereçem os desafios em evolução de um mercado de energia com demanda cada vez maior", afirmou ela.