Goldman Sachs eleva preços-alvo de Gerdau, Usiminas e CSN

Reuters

Publicado 24.11.2020 16:51

Atualizado 24.11.2020 17:11

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Analistas do Goldman Sachs atualizaram projeções para siderúrgicas brasileiras listadas na B3, enxergando volumes e preços maiores nos próximos trimestres, de acordo com relatório a clientes nesta terça-feira, no qual elevaram os preços-alvo de Gerdau (SA:GGBR4), Usiminas (SA:USIM5) e CSN (SA:CSNA3).

Thiago Ojea e equipe destacaram os quatro aumentos de preços diferentes implementados desde junho, o que impulsionou os resultados do terceiro trimestre das companhias e deixou os preços do aço brasileiro 25% mais altos do que no segundo trimestre, enquanto veem novos reajustes no horizonte.

"Esperamos que o efeito residual dos recentes aumentos de preços, juntamente com o aumento futuro em dezembro/janeiro, tenham um impacto ainda maior nos resultados do quarto trimestre de 2020 e do primeiro trimestre de 2021", afirmaram, estimando que o aumento do preço do aço de 5% em novembro, enquanto o preço do contrato automotivo aumente em 25% no Brasil.

No caso de Gerdau, a equipe do Goldman Sachs reiterou a recomendação de 'compra', enquanto o preço-alvo subiu de 24,5 para 25 reais. A estimativa para o Ebitda em 2020 e 2021 passou para 7,2 bilhões e 7,9 bilhões de reais, respectivamente, de 6,6 bilhões e 7,2 bilhões de reais anteriormente.

Usiminas, que também tem recomendação de 'compra', teve o preço-alvo elevado de 13 para 14,8 reais, enquanto a projeção para o Ebitda passou para 2,6 bilhões de reais neste ano, de 2,3 bilhões de reais antes; e 3,3 bilhões de reais no próximo, de 2,8 bilhões de reais em previsão anterior.

A CSN permaneceu com recomendação 'neutra', mas o preço-alvo aumentou de 18 para 23 reais. A previsão para o Ebitda agora é de 10,4 bilhões em 2020 e 9,7 bilhões de reais em 2021, acima dos 8,5 bilhões de reais esperados para este ano e 8,4 bilhões de reais calculados para 2021.