Publicado 12.07.2018 11:15
Goldman Sachs, Prysmian e outras empresas perdem recurso contra multa de 302 mi de euros por cartel
Por Foo Yun Chee
LUXEMBURGO (Reuters) - O banco de investimento Goldman Sachs (N:GS), maior fabricante mundial de cabo Prysmian (MI:PRY), a Nexans (PA:NEXS) e oito outras empresas de cabo perderam nesta quinta-feira um recurso contra uma multa de 302 milhões de euros sobre cartel na União Europeia.
As empresas haviam entrado com recurso junto à Corte Geral, a segunda mais alta corte da Europa, pedindo que a decisão da Comissão Europeia de 2014 fosse descartada que a multa, reduzida.
O órgão antitruste da União Europeia disse que o grupo coordenou um poderoso cartel de cabo por quase 10 anos começando em 1999, compartilhando mercados e alocando clientes entre si. A ABB (S:ABBN) escapou de uma sanção de 33 milhões de euros por alertar as autoridades.
A corte rejeitou o recurso.
"A Corte Geral confirma as multas de mais de 300 milhões de euros que a Comissão impôs sobre os principais produtores europeus e asiáticos de cabos de (extra) alta voltagem pela participação deles em um cartel mundial", disseram os juízes.
A Prysmian recebeu a maior multa, de 104,6 milhões de euros, incluindo a multa conjunta de 37,3 milhões de euros com o Goldman Sachs. O banco adquiriu a empresa italiana por meio de seus fundos de private equity em 2005, mas vendeu sua participação posteriormente.
Outros membros do cartel são as empresas japonesas de cabo Exsym Corporation, J-Power Systems Corporation e Viscas Corporation, além da coreana LS Cable & System e da General Cable, por meio de sua subsidiária Silec.
Foram aplicadas multas ainda para a dinamarquesa NKT Holding (CO:NKT), a sul-coreana Taihan Electric Wire (KS:001440), além de Mitsubishi Cable Industries [MTCBL.UL], Sumitomo Electric Industries (T:5802) e Hitachi Metals Ltd (T:5486). Sumitomoe Hitachi eram as antigas donas da J-Power Systems.
Órgãos antitruste no Japão, Coreia do Sul e Austrália já cobraram multas de milhões de dólares de empresas de cabo por práticas anticompetitivas.
Escrito por: Reuters
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