Governo federal tem meta de venda de ativos e desinvestimentos de R$150 bi em 2020

Reuters

Publicado 14.01.2020 17:50

Por Gabriel Ponte

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal quer elevar em cerca de 42% a arrecadação com desinvestimentos e venda de ativos em 2020, a 150 bilhões de reais, afirmou nesta terça-feira o secretário especial de Desestatização do ministério da Economia, Salim Mattar.

O foco deste ano serão as empresas do grupo Eletrobras (SA:ELET3), afirmou Mattar em entrevista a jornalistas. A estatal detém o controle de 210 empresas, das quais oito são subsidiárias, 173 coligadas, e 29 de simples participação.

"Esperamos em 2020 fazer a capitalização da Eletrobras, para poder aliviar os cofres públicos", disse Mattar. Ele mostrou-se confiante na aprovação, neste ano, do projeto de lei que prevê a desestatização da empresa, que depende de investimentos anuais de 14 bilhões de reais.

Em 2019, o governo arrecadou 51,4 bilhões de reais com desestatizações e 54 bilhões com desinvestimentos. As empresas vendidas ou que tiveram participação vendida pela União incluíram IRB Brasil (SA:IRBR3), Embraer (SA:EMBR3) e Vale (SA:VALE3).

Dentre os planos da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, está a redução do número de empresas nas quais a União possui participação para 300 ao fim deste ano, ante 624 no final de 2019. Esse número inclui tanto empresas controladas pelo Estado, como companhias subsidiárias, coligadas e empresas nas quais o Tesouro tem simples participação.

"Nós pretendemos vender 150 bilhões de reais em ativos do governo, sendo, aproximadamente, 300 empresas, e neste momento, estamos elaborando um 'fast track', praticamente pronto, que estuda a hora correta para entrar no Congresso", disse Mattar.

Ele explicou que o mecanismo seria levado por meio de um projeto de lei que tem como propósito acelerar as aprovações do Congresso para os desinvestimentos. "A meta depende do fast track passar", disse Mattar.

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