Heineken e Carlsberg aderem a exôdo da Rússia

Reuters

Publicado 28.03.2022 12:32

Atualizado 28.03.2022 14:07

Por Toby Sterling e Jacob Gronholt-Pedersen

AMSTERDÃ/COPENHAGUE (Reuters) - As cervejarias Carlsberg e Heineken anunciaram nesta segunda-feira que deixarão a Rússia, juntando-se a um número crescente de empresas ocidentais que estão saindo do país em meio à guerra na Ucrânia.

Para a Carlsberg, a cervejaria ocidental mais exposta à Rússia, a saída resultará em uma "baixa contábil" sem impacto no caixa este ano, disse a empresa sem fornecer mais detalhes.

A Carlsberg detém 27% de participação no mercado russo por meio do controle da maior cervejaria do país, a Baltika.

"Tomamos a decisão difícil e imediata de buscar uma alienação total de nossos negócios na Rússia, o que acreditamos ser a coisa certa a fazer no ambiente atual", afirmou a Carlsberg. "Após a conclusão, não teremos presença na Rússia."

As ações da empresa, que acumulam queda de cerca de 25% desde o início da invasão, eram negociadas em alta de 4,2% nesta segunda-feira, caminhando para o melhor dia desde novembro de 2020.

A Heineken, a terceira maior cervejaria da Rússia, disse mais cedo que pretende fazer uma "transferência ordenada" de seus negócios locais, que respondem por 2% das vendas totais do grupo, reduzindo operações durante um período de transição para minimizar o risco de nacionalização.

A cervejaria holandesa espera registrar despesas relacionadas à saída do país de cerca de 400 milhões de euros (438 milhões de dólares) e disse que garantirá os salários de seus 1.800 funcionários na Rússia até o final do ano. As ações da Heineken operavam perto da estabilidade.