Honda investirá US$64 bi em pesquisa e desenvolvimento, prioriza elétricos

Reuters

Publicado 12.04.2022 12:36

Atualizado 12.04.2022 14:20

Por Satoshi Sugiyama e Maki Shiraki

TÓQUIO (Reuters) - A Honda (T:7267) planeja investir 64 bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento na próxima década, disse a montadora de veículos nesta terça-feira, asfaltando o caminho para o plano de lançar 30 veículos elétricos globalmente até 2030.

As metas da empresa incluem a produção de cerca de 2 milhões de veículos elétricos por ano até 2030, com ambição de ganhar participação de mercado no segmento liderado pela norte-americana Tesla (NASDAQ:TSLA).

"Sobre nossos investimentos ao longo dos próximos 10 anos, vamos investir cerca de 8 trilhões de ienes em pesquisa e desenvolvimento", disse o presidente-executivo da Honda, Toshihiro Mibe, referindo-se à cifra equivalente a 64 bilhões de dólares.

A companhia afirmou que quer estabelecer uma linha dedicada a produção de veículos elétricos na América do Norte, onde vai também adquirir baterias Ultium da General Motors (NYSE:GM).

A empresa também considera a criação de uma joint venture para produção de baterias na região, separada da parceria com a GM.

Na semana passada, a Honda anunciou o desenvolvimento junto com a GM de uma série de veículos elétricos de preços reduzidos com base em uma nova plataforma conjunta.

"Dado o tamanho deles (Honda), estou feliz em ver que eles estão cooperando com a General Motors", disse o analista Christopher Richter, da CLSA.

A maior parte do plano de 8 trilhões de ienes da Honda está voltada à eletrificação e tecnologias de software. Isso inclui cerca de 43 bilhões de ienes para uma linha teste de produção de baterias de estado sólido, que deve começar a funcionar em 2024.

O plano da Honda de produzir 2 milhões de veículos elétricos por ano ficou dentro das expectativas, afirmou Seiji Sugiura, analista do Tokyo Research Institute.

Isso porque a Toyota já divulgou meta de vendas de 3,5 milhões de veículos elétricos até 2030 e a Nissan pretende que metade de seus carros seja do segmento até o final da década.