Reuters
Publicado 18.03.2022 17:57
Atualizado 18.03.2022 18:41
Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) - O mercado acionário brasileiro engatou a terceira alta seguida nesta sexta-feira e retornou ao nível de setembro de 2021, diante de exterior positivo e novo suporte das ações ligadas à commodities.
Petrobras e Vale foram as principais influências positivas, enquanto Bradesco e Banco do Brasil ficaram na ponta oposta.
O Ibovespa subiu 1,98%, a 115.310,91 pontos, o que representa o patamar mais alto de fechamento desde 14 de setembro. O volume financeiro foi de 45,5 bilhões de reais, em sessão de vencimento de opções sobre ações na B3.
O avanço foi de 3,2% na semana, o maior desde meados de janeiro.
"É um dia de tomada de risco global e isso impacta também o Brasil", diz Thomás Gibertoni, gestor de portfólio na Portofino Multi Family Office, que cita, entre outros fatores, a aproximação entre líderes da China e dos Estados Unidos.
A conversa entre Joe Biden e Xi Jinping sobre a Ucrânia durou quase duas horas nesta manhã. Xi disse que a guerra no país europeu precisa acabar o mais breve possível, e Biden, por sua vez, descreveu as "implicações e consequências" se Pequim fornecer apoio material à Rússia no conflito. [L2N2VL1VZ]
Os principais índices de ações em Wall Street subiram, com impulso das ações de tecnologia, o que fez o Nasdaq Composite avançar 2,1%, em sessão de vencimento de opções também nos EUA.
Na cena doméstica, a taxa de desemprego fechou o trimestre até janeiro em 11,2%, alta de 0,1 ponto percenutal frente ao período imediatamente anterior, mas abaixo do esperado pelo mercado (11,4%).
DESTAQUES
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) e ON subiram 2% e 0,9%, respectivamente. O petróleo Brent avançou 1,2%, enquanto o temor de intervenção política na companhia segue no radar. 3R PETROLEUM ON avançou 2,8% e PETRORIO ON apontou acréscimo de 3,4%.
- VALE ON (SA:VALE3) subiu 1,9%, após avanço do minério de ferro na China, impulsionado por expectativa de estímulo adicional para sustentar a economia do país. GERDAU PN (SA:GGBR4) ganhou 3,3%, em dia sem direção comum para siderúrgicas.
- STONECO decolou 42% em Nova York, a maior alta da ação desde o IPO, após números operacionais do quarto trimestre e estimativas para este ano consideradas positivas por analistas, mesmo com uma queda de mais de 90% no lucro líquido ajustado. A reação elevou o valor de mercado da Stone (NASDAQ:STNE) em 1,26 bilhão de dólares, para 4,22 bilhões. O papel permanece acumulando perdas em 2022. A rival PagSeguro (NYSE:PAGS) disparou 22,5%.
- FLEURY ON (SA:FLRY3) recuou 2,1%, após lucro ajustado cair 57,6% entre outubro e dezembro na comparação anual, uma vez que maiores despesas ofuscaram o leve crescimento das receitas no período. Analistas do Credit Suisse (SIX:CSGN) cortaram o preço-alvo da ação.
- YDUQS ON (SA:YDUQ3) disparou 11,1%, maior alta desde junho de 2020, depois de duas sessões de queda na sequência de balanço e renúncia de executivo.
- MRV ON (SA:MRVE3), que divulgou balanço lido como negativo mais cedo nesta semana, disparou 9,7%, enquanto CYRELA ON (SA:CYRE3) subiu 9,4% e EZTEC (SA:EZTC3) ON ganhou 7,2%. As duas últimas divulgaram balanços na noite da véspera. Fechamento da curva de juros também ajudou setor.
- B3 ON (SA:B3SA3) subiu 1,5%, após cair mais cedo na esteira de crescimento de lucro menor do que o esperado pelo mercado.
- LOJAS RENNER ON (SA:LREN3) ganhou 5,5%, também após cair mais cedo na sequência de lucro líquido abaixo do esperado. Executivos da empresa citaram melhora das vendas no começo de 2022 e projetaram repasse da inflação.
- BRADESCO PN (SA:BBDC4) caiu 0,2%, assim como BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3). Outros bancos subiram.
- BR MALLS ON (SA:BRML3) fechou com alta de 0,1%, depois de rejeitar nova oferta de fusão da ALIANSCE SONAE e divulgar queda anual de 22,5% no lucro do quarto trimestre. A brMalls vai defender seus acionistas caso a Aliansce (SA:ALSO3) torne-se investidora ativista da empresa, segundo seu presidente. Ações ordinárias de Aliansce, que não estão no Ibovespa, subiram 4,8%.
Escrito por: Reuters
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