Ibovespa avança com exterior; Suzano sobe 4%

Reuters

Publicado 24.06.2022 11:59

Atualizado 24.06.2022 13:51

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava cerca de 1% nesta sexta-feira, endossado pelo viés de praças acionárias no exterior, mas ainda caminha para a quarta semana de queda, em meio a temores sobre recessão global, preocupações fiscais e turbulências políticas no Brasil.

Às 11:40, o Ibovespa subia 1,11%, a 99.170,62 pontos. O volume financeiro somava 5,8bilhões de reais. Na semana, até o momento, o índice contabiliza perda de 0,66%. Em junho, o declínio é de cerca de 11%.

Apesar da alta na sessão, persistem temores sobre os riscos de recessão no mundo, mas principalmente nos Estados Unidos, diante do aperto mais agressivo de juros no país.

"Seguimos em uma dinâmica em que o mercado está deixando de olhar apenas a inflação como problemas para o mundo, e passando a dar atenção grande a uma possível recessão", avaliou o diretor de investimentos da TAG, Dan Kawa.

No Brasil, acrescentou, "o peso de commodities em nossa economia e na nossa bolsa, aliada a um ambiente fiscal mais incerto, estão levando a uma deterioração mais acentuada de nossos ativos".

Nesta sexta-feira, o norte-americano S&P 500 tinha elevação 2,1% em Wall Street, em sessão também marcada pela alta dos preços do petróleo e minério de ferro também em alta.

DESTAQUES

- SUZANO (SA:SUZB3) ON subia 4% após novo aumento no preço da celulose vendida pela companhia. Analistas do Bradesco BBI citaram em relatório notícia da Risi de que a companhia anunciou aumento nos preços de celulose de fibra curta em 20 dólares por tonelada para a Ásia, 30 dólares para Europa e 40 dólares para a América do Norte. No setor, KLABIN UNIT (SA:KLBN11) tinha ganho de 1,6%.

- CVC (SA:CVCB3) BRASIL ON caía 6%, a 8,35 reais, após a operadora de viagens levantar 402,8 milhões de reais em uma oferta de ações ao preço de 7,70 reais por papel.

- VALE ON (SA:VALE3) avançava 1,85%, uma vez que os contratos futuros do minério de ferro subiram na bolsa de Dalian nesta sexta-feira após uma queda recorde de 10 sessões, embora os preços em Cingapura tenham permanecido pressionados por uma perspectiva negativa para a demanda na China, maior produtora de aço do mundo.