Ibovespa busca quebrar série de quedas com ajuda de Vale

Reuters

Publicado 17.08.2023 10:15

Atualizado 17.08.2023 12:00

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava nesta quinta-feira mais uma vez quebrar a sequência de quedas que tem marcado agosto, apoiado principalmente no avanço de Vale, após fechar na véspera pelo 12º pregão seguido em baixa, a maior série de perdas desde pelo menos o começo da década de 1980.

Às 11:44, o Ibovespa subia 0,2 %, a 115.818,91 pontos, embora distante da máxima de 116.610,49 pontos registrada mais cedo, conforme Wall Street titubeou. Na mínima, chegou a 115.592,14 pontos.

O volume financeiro nesta quinta-feira, véspera de vencimento de opções sobre ações na B3 (BVMF:B3SA3), somava 7,5 bilhões de reais.

Na quarta-feira, o Ibovespa chegou a trabalhar em alta em boa parte da sessão, mas abandonou o sinal positivo e fechou em baixa de 0,5%, após a ata da última decisão do Federal Reserve mostrar que a maioria dos integrantes do Fomc continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação.

Com o desempenho da quarta, o Ibovespa ampliou para 5,21% o declínio em agosto, mês em que ainda não fechou qualquer sessão no azul. A correção ocorre após o índice acumular uma alta de quase 20% nos quatro meses até o final de julho, mês em que também flertou com os 123 mil pontos.

A queda recente tem sido acompanhada pela saída de estrangeiros das ações brasileiras, com as vendas superando as compras em quase 7,4 bilhões de reais em agosto até o dia 14.

"Com o décimo segundo pregão consecutivo de queda, o Ibovespa perdeu o suporte aos 116.500 e vai em busca dos 114.800, podendo estender o movimento até a região dos 113.000 antes de tentar algum repique de maior importância", afirmou a equipe de grafistas da Ágora Investimentos.

"Do lado superior, a linha dos 118.200 ampara a tendência de baixa para o curto prazo e mais acima, para recuperar o viés positivo, o índice precisaria vencer também o topo recentemente formado na zona entre 122.000 e 123.000 pontos."

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 2,41%, a 62,52 reais, após fechar na véspera no menor patamar desde setembro de 2022, vindo de sete sessões de queda, período em que acumulou um declínio de mais de 7%. De pano de fundo, o contrato futuro do minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE), na China, encerrou as negociações do dia em alta de 4,34%, para 768,5 iuanes (105,15 dólares) a tonelada, a maior cotação desde 26 de julho. O BTG Pactual (BVMF:BPAC11) também reiterou recomendação de compra para as ações, citando recuperação operacional, entre outros fatores.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 1,17%, a 31,91 reais, renovando máxima intradia histórica no melhor momento, quando alcançou 32,19 reais, beneficiada pela alta do petróleo no exterior. Nessa semana, a companhia aumentou os preços dos combustíveis no país e seu presidente afirmou que a empresa não repetirá erros do passado relacionados a preços de combustíveis e contratações de obras. Na semana, até o momento, o papel sobe quase 5%.

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- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) recuava 0,26%, a 27 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) mostrava declínio de 0,92%, a 15,11 reais. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subia 0,72%, a 47,5 reais.