Ibovespa cai e segue piora em NY apesar de criação de vagas de emprego nos EUA

Estadão Conteúdo

Publicado 04.09.2020 08:31

Atualizado 04.09.2020 11:40

Ibovespa cai e segue piora em NY apesar de criação de vagas de emprego nos EUA

Um olho na relação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, e outro nos dados de emprego dos Estados Unidos, informados na manhã desta sexta-feira, 4. A maior economia do planeta criou 1,371 milhão vagas em agosto, após geração de 1,734 milhão em julho (dado revisado). O resultado ficou pouco abaixo da mediana das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, de 1,39 milhão. Porém, a taxa de desemprego caiu a 8,4% em agosto, aquém da previsão de recuo a 9,8%.

Apesar de ter criado um pouco menos de vaga do que a prevista Yuri Veras Cavalcante, sócio e assessor de investimentos da Aplix Capital, pondera que é um resultado que reforça aceleração da retomada da economia norte-americana. "É um dado muito positivo", diz, acrescentando, contudo, que os mercados podem adotar um tom mais cauteloso hoje por conta do feriado prolongado, já que segunda-feira ficarão fechados por em celebração ao Dia da Independência (Brasil) e Dia do Trabalho (EUA).

No entanto, as bolsas em Nova York abandonaram a alta e caem forte, com destaque para o recuo de 4,33% do Nasdaq - após forte recuo de 4,96% na véspera -, e o declínio de quase 2,5% do petróleo WTI. O Ibovespa perdeu o patamar dos 100 mil pontos e caía 1,61%, aos 99.103 pontos, após também subir, indo à máxima aos 101.469,47 pontos. A mínima é de 98.960 pontos.

A aversão a risco da véspera, quando os mercados de ações norte-americanos tiveram forte realização de lucros, com o Nasdaq caindo quase 5%, está no radar. O temor é de que esse recuo seja apenas o começo de uma série de perdas depois dos inúmeros recordes em Nova York. Hoje, as bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa generalizada, enquanto o petróleo tenta subir, mas sem muita convicção. "É um tema que preocupa, e que precisa ser acompanhado", diz Cavalcante.

Até mesmo o noticiário interno considerado positivo, após a apresentação da proposta de reforma administrativa, ontem, pode ser pouco para limitar eventual queda na B3 hoje. Além da cautela externa, há novos capítulos na seara fiscal.

Ontem, publicamente, Maia rompeu publicamente a interlocução com Guedes. Segundo ele, a partir de agora, a articulação com o Planalto será feita por meio do ministro-chefe da secretaria-geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.

O presidente da Câmara explicou que o rompimento com Guedes ocorreu porque o ministro teria proibido membros da equipe de conversar com ele, afirmou em entrevista à Globo News.

Mas, segundo Maia, isso não vai atrapalhar os trabalhos, "de forma nenhuma".

Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a avaliação entre membros da equipe econômica é que a articulação política é função do Palácio do Planalto e que, com a mudança na liderança do governo, essa ponte se fortaleceu.

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Para Cavalcante, da Aplix Capital, no curto prazo, esse tema não tende a incomodar, mas pode ser motivo de preocupação mais para frente. "Por ora, temos dados alta produção industrial pelo terceiro mês seguido em julho e notícias positivas reforma administrativa que aliviam um pouco esse temor. Esse desgaste entre Maia e Guedes vem de algum tempo, mas preocupa", avalia.

De todo modo, a luz amarela fica acesa no momento considerado importante para o governo que vem tentando emplacar reformas e adotar um discurso único, que aliás foi defendido ontem pelo presidente do Banco Central (BC). Roberto Campos Neto disse que o Brasil vai assegurar maior estabilidade à medida que saírem notícias de que o governo é capaz de resolver problemas sem atrito com o mecanismo de controle das contas públicas.

Na B3, o noticiário corporativo tem algumas notícias que tendem a influenciar os negócios. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, quer vender sua fatia na Suzano (SA:SUZB3), enquanto o Magazine Luiza (SA:MGLU3) indica investir em um novo ramo: o de delivery de comida. A varejista comprou a startup AiQFome, com sede em Maringá (PR). E a Eletrobras (SA:ELET3) concluiu a venda de ações relativas a sua participação de 49,5% na Manaus Transmissora de Energia para a Evoltz Participações.

Já a Vale (SA:VALE3) completou a primeira venda de minério de ferro utilizando a tecnologia blockchain. Enquanto isso, hoje, na china, o minério negociado no porto chinês de Qingdao fechou em queda de 0,86%, a US$ 128,80 a tonelada. Vale On subia 0,12%, enquanto Petrobras (SA:PETR4) cedia em torno de 0,70%

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