Ibovespa ensaia avanço com exterior, mas Petrobras pesa

Reuters

Publicado 28.09.2022 12:29

Atualizado 28.09.2022 12:55

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha pouca variação nesta quarta-feira, pressionado por Petrobras, apesar de os índices em Wall Street e na Europa terem acelerado ao longo da manhã e dos avanços de Vale e bancos.

Às 12:19 (de Brasília), o Ibovespa tinha oscilação positiva de 0,03%, a 108.409,09 pontos. O índice alcançou 108.863,44 pontos na máxima do dia, enquanto na mínima foi a 107.914,01 pontos. O volume financeiro era de 6,9 bilhões de reais.

"A gente veio de alguns movimentos bastante agudos nos mercados de títulos globais, é natural algum tipo de indefinição" do Ibovespa, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Em Wall Street, os principais índices subiam após abertura próxima da estabilidade. Uma trégua no avanço dos Treasuries de dez anos, o que torna a renda variável mais atrativa, contrapunha os temores de recessão econômica, reiterados por notícia de que a Apple (NASDAQ:AAPL) engavetou planos de aumentar produção do iPhone. Investidores também mantinham-se atentos a declarações de membros do Federal Reserve.

O índice pan-europeu STOXX 600 tinha leve alta, depois de chegar a cair forte mais cedo, tendo devolvido as perdas após o BC britânico anunciar ação no mercado de títulos, em meio à contínua preocupação com o plano de ordem fiscal do país. Além disso, autoridades do banco central da zona do euro colocaram nesta quarta-feira uma alta de 0,75 ponto percentual dos juros em outubro como possibilidade.

"Como (índices dos) EUA melhoraram é possível recuperação aqui, mas volatilidade vai seguir ao longo do dia em todas as praças", disse Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Corretora.

Depois de pesquisa do Ipec na segunda-feira, levantamento do instituto Quaest para a Genial Investimentos também apontou nesta quarta possibilidade de Lula encerrar a disputa presidencial no domingo, elegendo-se em primeiro turno.

Na busca de impedir que isso ocorra, o atual mandatário e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), fará campanha no litoral paulista. Lula não tem compromissos oficiais de campanha previstos para o dia.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) caía 1,6%, a 29,19 reais, reduzindo perdas mais fortes de mais cedo. O petróleo Brent esticava alta para cerca de 2,1% no exterior com cortes de produção causados pelo furacão Ian e surpreendente queda nos estoques dos Estados Unidos. A estatal assinou contrato para construção de nova plataforma para o campo de Búzios e anunciou redução nos preços de venda de querosene de aviação. PRIO ON subia 3,4% e 3R PETROLEUM ON avançava 1,5%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,5%, a 68,03 reais, após três sssões de queda, ainda que os contratos de minério de ferro na Ásia tenham recuado. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais ativo do ingrediente siderúrgico caiu 2%, a 95,15 dólares a tonelada.

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- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) tinha alta de 5,9%, a 17,02 reais, após analistas do Itaú BBA elevarem a recomendação do papel a "outperform". O relatório menciona fatores macroeconômicos positivos que vale para outras ações do setor, mas os analisas dizem que só elevaram Cyrela, por enquanto, por ser mais líquida. Ainda assim, EZTEC (BVMF:EZTC3) ON avançava 3,8% e MRV ON (BVMF:MRVE3) ganhava 4,8%.

- SABESP ON (BVMF:SBSP3) disparava 5,7%, a 46,14 reais, após cinco recuos nas últimas seis sessões, período no qual o papel acumulou queda de 9,3%.