Ibovespa ensaia melhora, mas suscetível a receios sobre variante Delta

Reuters

Publicado 20.07.2021 11:18

Atualizado 20.07.2021 16:57

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava uma tendência clara nesta terça-feira, em meio à recuperação de mercados acionários no exterior, mas manutenção de receios sobre os impactos da variante Delta da Covid no processo de reabertura das economias.

Às 11:13, o Ibovespa subia 0,07%, a 124.480,85 pontos. Mais cedo, chegou a cair a 123.630,60 pontos. O volume financeiro somava 5,7 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou na mínima desde maio em meio a um movimento de aversão a risco no exterior disparado por temores de recrudescimento da pandemia de coronavírus, além do tombo do petróleo com acordo da Opep+ sobre produção.

O movimento nesta sessão, de acordo com agentes financeiros, reflete principalmente a correção, uma vez que os mesmos temas seguem no radar, notadamente os riscos potenciais da disseminação da variante Delta na retomada econômica.

"A sessão parece trazer uma maior estabilização do mercado de ações, mesmo que ainda com alguns sinais de fraqueza, enquanto o investidor segue ponderando os riscos da pandemia", observou a Guide Investimentos.

Na visão da equipe da corretora, o mercado brasileiro deve seguir refém ao humor externo, sem ajuda do noticiário local, que não aponta para o alívio da tensão em Brasília mesmo com a chegada do recesso parlamentar.

DESTAQUE

- RUMO ON (SA:RAIL3) avançava 3,7%, no segundo pregão seguido de alta. Na véspera, o governo do Mato Grosso anunciou edital para construção de ferrovia no Estado, projeto para o qual a Rumo já manifestou interesse.

- JBS ON (SA:JBSS3) valorizava-se 5%, em sessão positiva para empresas de proteínas, com MARFRIG ON (SA:MRFG3) em alta de 3,3% e MINERVA ON (SA:BEEF3) subindo 1,6%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) rondava a estabilidade, assim como BRADESCO PN (SA:BBDC4), sem uma direção única entre os bancos do Ibovespa.