Ibovespa fecha com alta tímida com suporte da Vale; Petrobras e Weg pesam

Reuters

Publicado 22.02.2024 18:07

Atualizado 22.02.2024 18:40

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com uma alta tímida nesta quinta-feira, mas confirmando o sexto sinal positivo seguido, encontrando suporte principalmente nas ações da Vale antes do resultado da mineradora, enquanto Petrobras e Weg pressionaram negativamente.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,16%, a 130.240,55 pontos. Na máxima do dia, chegou a 130.829,45 pontos. Na mínima, a 129.970,8 pontos. O volume financeiro somou 22,4 bilhões de reais.

Wall Street teve uma sessão mais positiva, em performance embalada pela euforia com os resultados e perspectivas da Nvidia, enquanto dados dos Estados Unidos mostraram uma atividade econômica ainda robusta. O S&P 500 subiu 2,11%.

Na visão do CEO da Box Asset Management, Fabrício Gonçalvez, foi um dia agitado, com a repercussão benigna no exterior aos números da Nvidia trazendo um efeito positivo à bolsa paulista, mas com a cena corporativa nacional também fazendo preço na B3 (BVMF:B3SA3).

Ele chamou a atenção para o efeito positivo de Vale, mas também para o desempenho de operadoras de telecomunicações e do Assaí (BVMF:ASAI3), que reportou balanço, enquanto destacou as quedas de Petrobras e Weg, assim como de GPA (BVMF:PCAR3) após o resultado trimestral.

Para Alex Carvalho, analista da CM Capital, o Ibovespa também refletiu movimentos específicos de algumas ações, como Braskem, em meio às expectativas sobre a saída da Novonor do controle, e Weg, que ajustou parte da alta da véspera, além de GPA, que teve uma forte queda após o resultado.

Ele ainda citou os reflexos de Nvidia, avaliando que ajudaram papéis de tecnologia no pregão brasileiro, embora Wall Street tenha mostrado um desempenho mais forte.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subiu 1,07%, a 67,22 reais, antes de divulgar resultado trimestral após o fechamento do mercado, com agentes também atentos a eventuais notícias relacionadas ao comando da mineradora. Também no radar esteve a suspensão de licenças de duas minas da empresa no Pará e acordo da companhia com a Anglo American (JO:AGLJ) para adquirir 15% de participação no complexo Minas-Rio. Na China, contrato futuro de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia com queda de 1,49%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuou 0,75%, a 42,19 reais, descolada da alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com elevação de 0,77%, a 83,67 dólares. No começo da semana, as ações da companhia renovaram máximas históricas. Mesmo com a queda nesta sessão, os papéis ainda sobem mais de 4% no mês. Investidores estão na expectativa do anúncio de dividendos da estatal, que reporta seu balanço do último trimestre no dia 7de março.

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- WEG ON (BVMF:WEGE3) fechou em queda de 3,17%, a 35,47 reais, em meio a ajustes após salto na véspera na esteira do resultado trimestral acima das previsões de analistas, com anúncio de dividendo complementar bilionário. A companhia realizou teleconferência com analistas nesta quinta-feira, na qual, entre outros pontos, reiterou que seu plano de investimentos para 2024 não mudará mesmo após a incorporação de negócio comprado recentemente.

- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) avançou 6,35%, a 20,60 reais, com o papel ainda suscetível a expectativas relacionadas à venda da participação da Novonor, ex-Odebrecht, na petroquímica. Novonor detém participação de 50,1% no capital votante da Braskem e de 38,3% no capital total. A Petrobras tem 36,1% do capital total da Braskem e 47% do capital votante da empresa.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) valorizou-se 7,65%, a 2,11 reais, em dia de recuperação após duas quedas seguidas, período em que acumulou declínio de mais de 6%. Na mesma toada, CASAS BAHIA ON encerrou com elevação de 4,68%, a 8,95 reais.

- GPA ON caiu 6,79%, a 3,98 reais, em meio à análise do prejuízo líquido consolidado de 303 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado do varejista, divulgado no fim da noite de quarta-feira, em resultado que mostrou despesas avançando em ritmo mais rápido que as receitas ante o mesmo período de 2022. Considerando as operações continuadas do grupo, a companhia teve prejuízo líquido de 87 milhões de reais. Nos primeiros negócios, o papel chegou a subir a 4,46 reais.