Ibovespa fecha em alta com notícias sobre Previdência e melhora em NY

Reuters  |  Autor 

Publicado 08.03.2019 18:30

Ibovespa fecha em alta com notícias sobre Previdência e melhora em NY

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta e acima dos 95 mil pontos nesta sexta-feira, em meio a noticiário mais favorável sobre a reforma da Previdência e melhora em Nova York, apesar de dados da China e Estados Unidos endossando apreensões com o ritmo do crescimento econômico mundial.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,09 por cento, a 95.364,85 pontos, encerrando perto da máxima da sessão (95.475,68 pontos). O giro financeiro do pregão somou 16,3 bilhões de reais. Na semana, mais curta em razão do Carnaval, avançou 0,8 por cento.

Após uma abertura mais negativa, pressionado pelo cenário externo, o Ibovespa passou a oscilar no campo positivo em meio a novas declarações do presidente Jair Bolsonaro defendendo a reforma da Previdência, que ele considera ser possível aprovar no primeiro semestre.

A alta acelerou à tarde, após entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Estadão, na qual ele disse que Bolsonaro "fará sua parte" para garantir a aprovação da reforma ainda neste ano e que mapeamento do governo indica faltar apenas 48 votos para a reforma passar na Câmara dos Deputados.

Perto do fechamento do pregão, o porta-voz da Presidência disse não ter conhecimento sobre mapa de votos para aprovação da PEC da Previdência.

"O mercado está tentando acreditar na agenda propositiva de 2019", afirmou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, destacando também fala do presidente da Câmara dos Deputados sobre a instalação na CCJ na próxima semana.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que marcou para a quarta-feira a instalação da Comissão de Constituição e Justiça, primeiro colegiado em que a reforma tramitará.

As novidades repercutiram bem entre agentes no mercado, que vêm adotando posições mais cautelosas dada a ausência de avanços efetivos quanto à reforma e explicitando a necessidade de maior engajamento do presidente e do governo na defesa da reforma.

No começo do pregão, o Ibovespa recuou mais de 1 por cento, indo abaixo de 94 mil pontos, conforme números sobre as exportações chinesas e a criação de empregos nos EUA em fevereiro acentuaram temores sobre o ritmo do crescimento econômico global.

Em Wall Street, o S&P 500 também reduziu as perdas, o que ajudou na melhora doméstica, fechando em baixa de 0,2 por cento, após recuar quase 1 por cento no pior momento.

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A partir de segunda-feira, o horário de negociação do mercado à vista volta para o intervalo de 10h às 16h55, com call de fechamento de 16h55 às 17h. O horário de negociação do after-market será das 17h30 às 18h.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) fechou em alta de 1,19 por cento, com bancos entre as maiores contribuições positivas para o Ibovespa, com BRADESCO PN (SA:BBDC4) valorizando-se 1,39 por cento. BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) avançou 3,51 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) subiu 0,89 por cento.

- ESTÁCIO (SA:ESTC3) subiu 8,08 por cento e KROTON (SA:KROT3) avançou 7,71 por cento, entre as maiores altas da sessão.

- RD (SA:RADL3) fechou com elevação de 6,40 por cento, em meio a movimentos de 'short squeeze', com detentores de ações da rede de varejo farmacêutico pedindo de volta (recall) papéis que haviam alugado e, assim, levando os investidores que alugaram e venderam a recomprar as ações no mercado.

- CSN (SA:CSNA3) recuou 6,65 por cento, no segundo dia de ajuste após fortes ganhos recentes, que levaram o papel a fechar na quarta-feira na máxima desde junho de 2011, a 15,15 reais. No setor siderúrgico, GERDAU PN (SA:GGBR4) caiu 0,14 por cento, mas USIMINAS PNA (SA:USIM5) subiu 0,42 por cento.