Ibovespa fecha no maior nível em mais de um ano com NY e ajuda de Petrobras e Vale

Reuters

Publicado 24.07.2023 17:11

Atualizado 24.07.2023 18:10

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançou nesta segunda-feira, diante do desempenho positivo em Wall Street e das altas de Vale e Petrobras, com o mercado na expectativa por decisões de juros nos Estados Unidos e na zona do euro, dado de inflação no Brasil e balanços corporativos localmente e no exterior.

Além de petrolíferas e empresas de siderurgia e mineração, Weg foi outro destaque positivo, enquanto o setor financeiro ficou do lado oposto.

O Ibovespa subiu 0,94%, a 121.341,69 pontos, a terceira alta seguida e maior patamar de fechamento desde 1º de abril de 2022.

O volume financeiro somou 24,5 bilhões de reais.

O Ibovespa abriu estável, mas acelerou no final da manhã e, na máxima do dia, foi a 121.771,71 pontos, maior nível desde 12 de agosto de 2021. No entanto, durante a tarde, perdeu um pouco de força, embora ainda mantendo-se no azul.

Rosiane Duarte, analista de investimentos da Toro, afirmou que o viés positivo do índice deve-se à perspectiva de redução da Selic na semana que vem e à expectativa com a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira.

Nos EUA, a expectativa majoritária é de alta de 0,25 ponto percentual, e investidores estarão atentos a potenciais sinais sobre se essa será a última elevação do ciclo.

Quanto à decisão de juros no Brasil semana que vem, investidores e analistas divergem entre a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual ou de 0,5 ponto na Selic. Nesse sentido, o IPCA-15 de julho, a ser divulgado na terça-feira, deve ser olhado de perto, uma vez que o alívio na inflação é visto como o principal catalizador da flexibilização monetária.

Perto do fechamento desta segunda-feira a precificação na curva a termo era de 55% de chances de corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic em agosto e de 45% de probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual. Na sexta-feira passada, perto do fechamento, estes percentuais eram de 60% e 40%, respectivamente.

Em Wall Street, os principais índices de ações subiram, com investidores também de olho no Fed. O S&P 500 subiu 0,40%.

Balanços financeiros são outro fator que devem movimentar a semana, com Vale e Santander Brasil entre os destaques locais, e Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) na agenda externa.

h2 Destaques/h2

- VALE (SA:VALE3) subiu 3,02%, a 69,85 reais, mesmo após os futuros do minério de ferro fecharem praticamente inalterados em Dalian, na China, e caírem 0,8% em Cingapura. No radar, estão medidas de estímulo da China que poderiam elevar a demanda pela commodity. A Vale publica balanço do segundo trimestre na quinta-feira.

- IRB BRASIL ON (BVMF:IRBR3) tombou 14,4%, a 42,15 reais, após a empresa de resseguros divulgar na sexta-feira prejuízo líquido de 10,4 milhões de reais em maio, e depois de o BTG Pactual (BVMF:BPAC11) rebaixar a recomendação do papel de "neutra" para "venda".

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- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subiu 2,09%, a 30,3 reais, enquanto a ON avançou 2,07%, diante de alta de cerca de 2,1% do petróleo Brent no exterior, com oferta rígida e expectativa de demanda na China. A empresa divulga relatório de produção e vendas do segundo trimestre na quarta-feira.

- SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) cedeu 0,77%, a 29,78 reais, antes de abrir a temporada de balanços para os grandes bancos brasileiros na quarta-feira pela manhã. ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) teve queda de 1,59% e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdeu 2,7%.