Ibovespa Futuros cai à espera de vacinas, acordos nos EUA e no Reino Unido

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Ibovespa Futuros abriu em queda e caía 0,26% perto das 9h13 nesta sexta-feira (18), com o exterior morno à espera das negociações do pacote nos EUA, do Brexit e do avanço da iniciativa global de imunização contra a Covid-19. O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz um balanço do ano às 10h, antes de entrar em férias que se estendem até 8 de janeiro.

O Dow Jones Futuros, o S&P 500 Futuros e o Nasdaq 100 Futuros operavam perto da estabilidade, com quedas de 0,03%, 0,01% e 0,09%, após os índices fecharem em patamares recordes na véspera na esteira do otimismo com a vacina e com o progresso nas discussões para o novo pacote fiscal.

Na Europa, as bolsas também operavam de lado, com o índice DAX, principal índice alemão, subindo 0,05% e o STOXX 600 em alta de 0,02%. O FTSE 100, principal do Reino Unido, subia 0,31%, de olho nas negociações para o Brexit. Agências internacionais apontam que o impasse nos direitos a pesca seguem ameaçando colapsar o acordo entre o país e a União Europeia.

Os índices acionários da China devolveram ganhos iniciais e fecharam em baixa nesta sexta-feira, pressionados por novos sinais de tensão com os EUA. Fontes disseram à Reuters que o país irá acrescentar dezenas de empresas chinesas, incluindo a maior fabricante de chips do país, a SMIC, a uma lista de proibições de comércio.

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O índice Shanghai Shenzhen CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,35%, enquanto o Shanghai Composite recuou 0,29%.

Entre as commodities, os preços do petróleo recuavam com maior cautela por conta dos lockdowns impostos em alguns países da Europa e que ameaçam ser estendidos nos EUA por conta do aumento no número de infecções por Covid-19.

O Petróleo Brent Futuros recuava 0,44%, a R$ 51,28, enquanto o Petróleo WTI Futuros caía 0,25%, a US$ 48,24, após ontem atingiram as máximas dos últimos nove meses.

O presidente Jair Bolsonaro faz uma viagem ao Rio de Janeiro para participar de mais uma solenidade de formatura, desta vez da Polícia Militar do estado.

À tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da reunião do Conselho Monetário Nacional.

Na agenda de indicadores, ontem o Japão mostrou o recuo mais forte em uma década do núcleo dos preços ao consumidor diante do impacto da pandemia sobre a demanda, provocando temores de retorno da deflação.

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Agora de manhã, a Alemanha apontou que a confiança empresarial subiu inesperadamente em dezembro mesmo com a maior economia da Europa entrando em um lockdown rígido para conter a segunda onda de infecções pelo coronavírus.

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O instituto Ifo informou que seu índice de clima de negócios subiu a 92,1 de leitura revisada para cima de 90,9 em novembro, e o Ifo atribuiu a melhora ao fato de os empresários registrarem altos volumes de encomendas e à melhora nas expectativas de exportação.

Daqui a pouco, por aqui, BCB apresenta o relatório de estatísticas do setor externo de outubro, com os dados das transações correntes e dos investimentos estrangeiros.

Vacinas - O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quinta-feira que a vacina é obrigatória, mas não pode ser forçada. No lugar, segundo voto do relator, ministro Ricardo Lewandowski, poderão ser impostas medidas restritivas a quem se recusar a ser imunizado.

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Reação - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que ninguém pode ser obrigado a se imunizar. Ele argumentou, em cerimônia de apoio ao setor produtivo, que a responsabilidade é da pessoa caso ela se infecte no futuro por não ter tomado a vacina, citando ainda que na negociação com Pfizer para a compra de vacinas não há uma responsabilização por qualquer efeito colateral.

Ajuda - Bolsonaro assinou nesta quinta-feira duas Medidas Provisórias de apoio aos setores produtivos que permitirão negociação de dívidas com fundos constitucionais e de investimento.

A primeira permite aos bancos administradores dos Fundos Constitucionais de Financiamento a realização de acordos de renegociação extraordinária de operações de crédito que estão inadimplentes sob sua gestão, enquanto a segunda estabelece diretrizes para renegociação de dívidas de debêntures emitidas por empresas que receberam recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam).

Vale (SA:VALE3) - A quarta audiência de conciliação entre a Vale, o estado de Minas Gerais e instituições de Justiça, realizada nesta quinta-feira, terminou sem consenso, jogando uma definição para 2021. A empresa e as autoridades tentam costurar um acordo para encerrar uma ação bilionária referente à tragédia de Brumadinho, de janeiro de 2019.

Cosan (SA:CSAN3) - A Cosan informou nesta quinta-feira ter sido notificada pelo seu acionista controlador, Rubens Ometto Mello, sobre a realização de um acordo com a gestora de recursos Dynamo, que terá direito de participar da indicação de um membro independente do Conselho de administração da companhia.

Petrobras (SA:PETR4) - A Petrobras assinou contrato para venda de sua participação em 14 campos terrestres de exploração e produção de petróleo e gás natural, denominados Polo Recôncavo.

A estatal também pagou R$ 190 milhões à Previ em função de um acordo que deu fim ao litígio arbitral relacionado ao investimento da empresa na Sete Brasil

Qualicorp (SA:QUAL3) - A Qualicorp anunciou nesta quinta-feira que ampliou sua parceria comercial com a Notre Dame Intermédica (SA:GNDI3) para venda de produtos em todos os canais da Quali.

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Eneva (SA:ENEV3) - O Conselho de Administração da Eneva aprovou nesta quinta-feira um programa de recompras de ações de sua própria emissão, que envolverá até 1,07 milhão de papéis, informou a companhia em fato relevante.

Sanepar (SA:SAPR11) - A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) fechou um convênio com a usina de Itaipu e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu Brasil para implementar e ampliar sistemas sustentáveis de esgotamento sanitário.

Usiminas (SA:USIM5) - O conselho de administração da Usiminas aprovou nesta quinta-feira a retomada da operação do alto-forno 2 da usina de Ipatinga, que está prevista para junho de 2021, com um investimento de aproximadamente R$ 67 milhões.

CCR (SA:CCRO3) - A CCR comunicou nesta quinta-feira, por meio de fato relevante, que a Controladoria-Geral do Paraná revogou a resolução que determinava a suspensão temporária do direito da Rodonorte, sua controlada, de participar de novas licitações e celebrar novos contratos com a Administração Pública do Estado.

--Com informações da Reuters, do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil