Ibovespa hesita com fraqueza em Wall Street mas avanço do petróleo

Reuters

Publicado 25.03.2024 11:03

Atualizado 25.03.2024 13:55

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa não mostrava uma direção clara no primeiro pregão da última semana de março, em uma segunda-feira mais negativa em praças acionárias no exterior, mas com alta de commodities como o petróleo, enquanto agentes financeiros aguardam novos resultados corporativos no final do dia.

Às 10h43, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,06%, a 126.949,85 pontos, após duas quedas seguidas, período em que perdeu 1,6%. O volume financeiro somava 2,1 bilhões de reais.

De acordo com a equipe da Mirae Asset CCTVM, é uma semana mais curta por feriado, "mas não menos intensa". Em nota a clientes, eles chamaram atenção para a ata da última decisão de juros do Banco Central, que "tende a ser decisiva, por detalhar qual a leitura do BCB sobre o momento econômico".

O documento referente à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, que reduziu a Selic a 10,75% e usou o singular em sua sinalização sobre mais um corte de 0,50 ponto percentual, será conhecido na terça-feira.

Também estarão sob os holofotes nos próximos dias o relatório trimestral de inflação do BC e o IPCA-15.

No exterior, as bolsas norte-americanas começavam o dia no vermelho, com o S&P 500 cedendo 0,34%, mesmo viés dos pregões europeus e asiáticos. O rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA mostrava 4,2375%, de 4,218% na última sessão.

A Mirae Asset destacou na agenda dos Estados Unidos na semana a revisão do PIB do quarto trimestre e o índice de preços PCE, afirmando que, se esses dados vieram mais fortes, pode ser adiado o início do ciclo de cortes de juro pelo Federal Reserve. "Não mais em junho, mas ao longo do segundo semestre."

 

DESTAQUES

- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) recuava 2,93%, a 26,50 reais, em sessão de ajustes, após disparar quase 26% na semana passada, marcada pela repercussão do seu resultado trimestral e perspectivas de executivos da petroquímica, além de notícias sobre a esperada venda da participação da Novonor na empresa.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 0,94%, a 36,39 reais, tendo como pano de fundo a alta do petróleo no exterior, onde o barril de Brent mostrava acréscimo de 1,05%, a 86,33 dólares.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,39%, a 61,19 reais. Na China, os preços futuros do minério de ferro subiram nesta segunda-feira, com o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrando as negociações do dia com alta de 0,3%, a 842 iuanes (116,91 dólares) a tonelada.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedia 0,21%, a 33,65 reais, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caía 0,29%, a 13,92 reais.

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- ULTRAPAR ON (BVMF:UGPA3) caía 0,14%, a 27,76 reais, após anunciou na noite de domingo que comprou participação de fundos na transportadora logística Hidrovias do Brasil (BVMF:HBSA3), elevando sua fatia na companhia para 21,87%. HIDROVIAS DO BRASIL ON , que não faz parte do Ibovespa, disparava 12,08%.

- CASAS ON caía 1,32%, a 6,71 reais, renovando mínimas, antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, prevista para o final o dia. No último pregão, o papel desabou quase 13%. MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) recuava 1,04%.

- AREZZO ON avançava 1,15%, a 61,34 reais, tendo no radar relatório do Itaú BBA adicionando as ações na sua "Brazil Buy List", dado o potencial de crescimento e oportunidades de sinergias que os estrategistas veem da fusão com a Soma, além de considerarem a empresa com vantagens competitivas.

- GRUPO SOMA ON registrava elevação de 0,84%, a 7,24 reais, enquanto agentes financeiros aguardam o resultado trimestral do grupo de varejo de moda, que tem entre as suas marcas a Hering (BVMF:HGTX3) e a Animale e está em processo de fusão com a Arezzo (BVMF:ARZZ3).