Reuters
Publicado 05.06.2023 12:12
Atualizado 05.06.2023 12:35
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa perdia o fôlego nesta segunda-feira, após voltar a flertar com os 113 mil pontos mais cedo, conforme Vale reverteu os ganhos da abertura e recuava, ofuscando o desempenho positivo de Petrobras em sessão de forte alta do petróleo no exterior.
Às 11:52, o Ibovespa caía 0,2 %, a 112.328,85 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 113.071,20 pontos. O volume financeiro somava 5 bilhões de reais.
De acordo com análise técnica do Itaú BBA, nos últimos pregões o Ibovespa ensaiou movimentos que ora apontavam para mais s, ora que iniciaria uma realização de lucros, mas acabou permanecendo na região dos 110 mil pontos.
"Apesar da tendência de alta em curso, é razoável concluir que persiste uma dúvida no mercado para os próximos dias", afirmaram Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta em relatório enviado a clientes mais cedo.
Eles explicam que, com o último fechamento, o índice apontou para cima e fica a expectativa se vai conseguir superar os 111.650 pontos, para engatar mais um impulso para cima em direção aos 114.900 pontos.
"Do lado da baixa, os 108.100 pontos ficaram como primeira referência de suporte. Abaixo deste, o próximo importante suporte está em 106.300 que passa a ser o patamar mais importante de curto prazo."
No exterior, Wall Street não mostrava uma tendência única, com o S&P 500 rondando a estabilidade, em meio a dados econômicos dos Estados Unidos, enquanto operadores seguem calibrando apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve.
DESTAQUES
- VALE ON (BVMF:VALE3) tinha variação negativa de 0,65%, a 67,5 reais, perdendo o fôlego após uma abertura mais positiva, quando chegou a 68,48 reais, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações com elevação de 2,2%.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançava 0,59%, a 27,34 reais, com o barril de petróleo Brent subindo 1,34%, a 77,15 dólares, após a Arábia Saudita, maior exportadora da commodity, prometer cortar a produção em mais 1 milhão de barris por dia (bpd) a partir de julho.
- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) mostrava estabilidade, a 16,04 reais, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) declinava 0,04%, a 27,08 reais, BANCO DO BRASIL (BVMF:BBAS3) caía 0,18%, a 44,79 reais, e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) perdia 1,01%, a 29,49 reais. O Credit Suisse (SIX:CSGN) revisou suas preferências no setor, elevando Bradesco e cortando BB, entre outras mudanças.
- ENEVA (BVMF:ENEV3) ON caía 3,34%, a 11,56 reais. A Fitch Ratings rebaixou a nota nacional de longo prazo da empresa para ‘AA+(bra)’, citando investimentos significativos, maiores desembolsos com pagamentos de juros e expectativa de menor nível de despacho das usinas geradoras de energia. O UBS BB cortou a recomendação das ações para "venda" e reduziu o preço-alvo de 15 para 10,50 reais.
- CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON valorizava-se 8,06%, a 3,89 reais, após a operador de turismo eleger na última sexta-feira Fabio Godinho como seu novo presidente-executivo, além de anunciar um acordo com Guilherme Paulus, fundador da empresa, para um potencial aporte de 75 milhões de reais.
Escrito por: Reuters
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