Ibovespa renova máximas e encosta em 94,5 mil pts com Previdência no radar

Reuters

Publicado 14.01.2019 18:42

Ibovespa renova máximas e encosta em 94,5 mil pts com Previdência no radar

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista renovou suas máximas históricas intradia e de fechamento nesta segunda-feira, com o Ibovespa encerrando acima dos 94 mil pontos, tendo de pano de fundo apostas positivas para a proposta de reforma da Previdência do novo governo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa (BVSP) subiu 0,87 por cento, a 94.474,13 pontos, na máxima da sessão. O giro financeiro somou 13,8 bilhões de reais.

"No Brasil, a expectativa tem nome: reforma da Previdência", afirmou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, ressaltando a previsão de que o texto com a proposta final seja entregue esta semana ao presidente Jair Bolsonaro.

No mercado, agentes financeiros já trabalham com a possibilidade de medidas mais rigorosas do que o esperado. Nesta segunda-feira, reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico chancelou a expectativa dizendo que a proposta que está sendo finalizada deve gerar em 10 anos uma economia superior ao texto original que o ex-presidente Michel Temer apresentou ao Congresso no fim de 2016, podendo chegar a 1 trilhão de reais.

A definição sobre esse tema, considerado crucial para a melhora do sentimento dos investidores em relação à situação fiscal do país, também está no radar do capital externo, que segue negativo no que se refere a operações na bolsa em 2019.

Até 10 de janeiro, as operações de investidores estrangeiros na Bovespa mostravam saída líquida de 869,6 milhões de reais. Em 2018, o resultado ficou negativo em 11,5 bilhões de reais.

De acordo com estrategistas e gestores ouvidos pela Reuters na última semana, sinais de que o governo terá capacidade de aprovar a reforma da Previdência podem animar o fluxo de recursos do exterior para ações brasileiras.[nL1N1ZB0Y7]

Muitos analistas trabalham com o Ibovespa na casa dos 100 mil pontos em 2019 diante das perspectivas mais positivas para a economia dado o perfil liberal sinalizado pela equipe econômica capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

No ano, o índice já acumula alta de 7,49 por cento, favorecido também pela sinalização de 'flexibilidade' pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano, quanto ao ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos.

Pela manhã, dados do comércio exterior chinês abriram espaço para ajuste negativo em papéis de siderúrgicas e mineradoras.

No começo da tarde, contudo, comentário do presidente norte-americano, Donald Trump, reforçando que um acordo comercial com a China é possível, atenuou a pressão vendedora. [nE6N1YM02Q]

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

DESTAQUES

- SABESP (SA:SBSP3) saltou 5,34 por cento, renovando máxima histórica de fechamento, a 41,60 reais, e recorde intradia a 43,13 reais, favorecida por estudos do governo de São Paulo que incluem privatização da companhia de água e saneamento estadual. O ganho neste ano já está ao redor de 30 por cento.

- VIA VAREJO (SA:VVAR3) avançou 6,87 por cento, na terceira alta seguida, mas que apenas colocou o preço do papel no patamar de dezembro após a cotação atingir no dia 9 mínima intradia desde junho de 2017. No setor, MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) subiu 0,79 por cento e B2W (SA:BTOW3) ganhou de 1,15 por cento.

- MRV (SA:MRVE3) valorizou-se 4,05 por cento, tendo de pano de fundo perspectivas positivas para a construtora com foco em baixa renda. Analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação dos papéis para 'outperform', bem como o preço-alvo para 17,50 reais, enxergando melhores retornos.

- CCR (SA:CCRO3) avançou 4,48 por cento e ECORODOVIAS (SA:ECOR3) subiu 2,49 por cento. Analistas do Santander Brasil destacaram ver o momento atual como certo para comprar papéis de concessionárias, entre outros fatores pela combinação de preço atrativo e conjunto de novos projetos.

- USIMINAS PNA (SA:USIM5) cedeu 3,05 por cento, na ponta negativa, tendo no radar relatório do Itaú BBA cortando recomendação para 'market perform'.

- VALE (SA:VALE3) teve alta de 0,42 por cento, revertendo perdas registradas mais cedo, determinadas pelos dados chineses indicando mais fraqueza na segunda maior economia do mundo em 2019 e deterioração da demanda global.

- BRADESCO PN (SA:BBDC4) subiu 1,18 por cento. ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) teve variação positiva de 0,74 por cento e BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) avançou 2,32 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) encerrou em alta de 1,5 por cento.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caiu 0,56 por cento, em sessão de queda do petróleo no exterior, com o mercado reagindo à notícia de que a empresa retomará desinvestimentos após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e indicação pelo governo de novos membros do conselho de administração.

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em <.pg.bvsp>

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em <.pl.bvsp>

(Por Paula Arend Laier; edição de Aluísio Alves)

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações