Ibovespa sobe 0,17%, a 126.146,66 pontos, em recuperação pelo 3º dia

Estadão Conteúdo

Publicado 22.07.2021 14:48

Atualizado 22.07.2021 18:10

Ibovespa sobe 0,17%, a 126.146,66 pontos, em recuperação pelo 3º dia

O Ibovespa mudou de sinal no meio da tarde - com Petrobras (SA:PETR4) se ajustando então, ainda que moderadamente, à retomada da commodity (Brent a US$ 73 por barril) vindo de recente tombo, enquanto Vale ON (SA:VALE3) e bancos limitavam as respectivas perdas -, em movimento que precedeu a melhora observada também nos índices de ações em Nova York, em recuperação pelo terceiro dia. Ao fim, o índice da B3 (SA:B3SA3) mostrava leve alta de 0,17%, a 126.146,66 pontos, entre mínima de 125.416,39 e máxima de 126.427,65, saindo de abertura a 125.929,74 pontos nesta quinta-feira, de giro ainda fraco, a R$ 26,1 bilhões. Na semana, com uma perda e três ganhos seguidos, acumula agora pequeno avanço de 0,15%, limitando a baixa do mês a 0,52% - em 2021, o Ibovespa sobe 5,99%.

No encerramento, com Petrobras sem sinal único (ON +0,14%, PN -0,22%), as siderúrgicas (Usiminas (SA:USIM5) +1,22%, Gerdau (SA:GGBR4) PN +0,86%) mostravam desempenho positivo, apesar da queda de 5,66% na cotação do minério de ferro na China (Qingdao), a US$ 202,63 por tonelada, nesta quinta-feira, após o gigante asiático ter reduzido a meta de produção de aço - Vale ON virou no fim e fechou em alta de 0,26%, na máxima do dia, a R$ 114,70. Na ponta do Ibovespa, destaque para Locaweb (SA:LWSA3) (+5,49%), Marfrig (SA:MRFG3) (+3,34%) e Cosan (SA:CSAN3) (+3,19%). No lado oposto, Banco Inter (SA:BIDI4) (-2,49%), Pão de Açúcar (SA:PCAR3) (-1,95%) e IRB (SA:IRBR3) (-1,50%). Entre as ações de grandes bancos, as perdas ficaram entre 0,78% (Bradesco (SA:BBDC4) PN) e 1,48% (BB (SA:BBAS3) ON).

Com ganhos limitados a 0,36% (Nasdaq) no fechamento desta quinta-feira, os índices de Nova York se equilibraram entre a safra positiva de balanços trimestrais e dados econômicos que "não inspiram muito otimismo sobre a economia", como observa em nota Edward Moya, analista da OANDA nos Estados Unidos. Segundo ele, as "ações cíclicas" tiveram desempenho inferior na sessão, devido à "suavidade dos dados econômicos de hoje, as dificuldades na aceleração da conta de gastos em infraestrutura de Biden, e realização (de lucros)", com o mercado ainda à espera de sinais mais claros de que não haverá aperto prematuro na política monetária.

Por outro lado, a manutenção da orientação na zona do euro, com a decisão e os comentários do Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira, trouxeram algum alívio, em semana que havia sido iniciada com retomada de temores sobre eventuais efeitos da variante Delta do coronavírus sobre a retomada econômica global. "O mercado local tem estado voltado para o internacional, acompanhando o que acontece lá fora. Hoje, contribuiu a decisão, a comunicação do BCE: o cenário ainda é de estímulos monetários e fiscais", diz Alexandre Brito, sócio da Finacap Investimentos.

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"Em julho, especialmente nos últimos dias, temos visto saída de recursos estrangeiros da B3 - que haviam sido, como de costume, fundamentais para a mais recente renovação de topo, no início de junho. Mas, mesmo com esta saída de recursos estrangeiros, o investidor doméstico, principalmente o institucional, tem segurado o Ibovespa, comprando", acrescenta Brito. "Temos um cenário ainda de retomada econômica para o segundo semestre, mantida a vacinação. Não vejo o mercado colocando preço no que chega da política: em algum momento, vai começar a olhar para 2022, e o governo tem buscado formar um capital político pensando nisso."

"O Ibovespa trabalhou hoje na região dos 126 mil pontos, após ter chegado a ficar abaixo dos 125 mil na semana - o dólar, por outro lado, tem mostrado alta no curto prazo, agora negociado na casa de R$ 5,20. Nos Estados Unidos, houve aumento nos pedidos de auxílio-desemprego na semana até 17 de julho, o que nos mostra a necessidade, ainda, de um certo grau de estímulos na maior economia do mundo", diz Flávio de Oliveira, head de renda variável da Zahl Investimentos.

Recentemente, no Brasil, a incerteza tem derivado até mais da política, estrito senso, do que da recuperação econômica, em andamento - mas, por enquanto, a atitude tem sido mais de observação do que de precificação. O mercado segue com atenção os desdobramentos em torno da reforma ministerial, em que o senador Ciro Nogueira (PP-PI), cacique do Centrão, emerge agora, à frente da Casa Civil, como interlocutor entre o Palácio e o Congresso, em ministério considerado chave da Esplanada. De partida para um recriado Ministério do Emprego e Previdência, desmembrado da Economia, Onyx Lorenzoni abre espaço para o general reformado Luiz Eduardo Ramos, até então na Casa Civil, continuar no governo, na Secretaria-Geral da Presidência.

Apesar dos elogios públicos, hoje, do ministro Paulo Guedes (Economia) tanto a Onyx como a Nogueira, o mercado está atento à ascensão, no Planalto, do bloco de apoio parlamentar, pelo que significará em avanço na agenda de interesse dos investidores, como reformas e privatização, após o fim do recesso, em agosto, bem como por eventual custo político - na forma de gastos públicos, em momento no qual a arrecadação federal tem surpreendido positivamente, deixando para trás preocupações que prevaleciam nos primeiros meses do ano sobre a situação fiscal.

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