Ibovespa sobe ao nível de 112 mil pontos com NY, China e expectativa por queda da Selic

Estadão Conteúdo

Publicado 02.06.2023 12:28

Ibovespa sobe ao nível de 112 mil pontos com NY, China e expectativa por queda da Selic

A maioria dos ativos domésticos opera nesta sexta-feira, 2, no modo "risk on", em linha com o exterior, diante de novos sinais de pausa nos juros norte-americanos. Aqui, ainda ampara os negócios a expectativa de início de queda da Selic em breve. Com isso, o Ibovespa avança com força, e até chegou a testar os 113 mil pontos, com máxima intradia dos 113.069,55 pontos, quando subiu 2,27%. O bom humor atinge quase toda a carteira do Índice Bovespa. Às 11h07, só cinco ações caíam, de um total de 86.

Para a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), o Ibovespa continua atrativo. Neste sentido, a corretora elevou em dois mil pontos sua projeção para o principal indicador da B3 (BVMF:B3SA3) no término deste ano. "Atualizamos o valor justo do Ibovespa para 130.000 pontos para o final de 2023, de 128.000 pontos projetados anteriormente, devido à melhora nas taxas de juros futuras", cita em relatório.

Às 11h17, o Índice Bovespa subia 1,84%, aos 112.604,29 pontos, após alta de 2,27%, na Maxim aos 113.069,55 pontos e mínima aos 110.567,44 pontos.

O otimismo internacional acontece na esteira da aprovação do acordo que eleva o teto da dívida dos Estados Unidos pelo Senado, que elimina um risco de default do país, e relatos de novas medidas de estímulo para impulsionar a economia da China. O minério de ferro, por exemplo, saltou 2,90% em Dalian, enquanto o petróleo sobe quase 3,00%. Com isso, as ações da Vale (BVMF:VALE3) e Petrobras (BVMF:PETR4) avançavam entre 3,78% e 0,93% (PN).

O Ibovespa caminha para um segundo pregão seguido de alta. Ontem, subiu 2,06%, aos 110.564,66 pontos, após o crescimento surpreendente do PIB no primeiro trimestre. Assim, já subia 1,46% na curta semana, após ceder 0,31% até quinta-feira. Já o dólar à vista desacelerava a queda para a casa dos R$ 4,95 e os juros longos miravam baixa. Em Nova York, as bolsas subiam, mesmo após a divulgação de geração de emprego em maio nos EUA acima do esperado pelo mercado.

Segundo Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos, a taxa de desemprego norte-americana veio acima do esperado (3,7% ante 3,5%), "o que é bom para os mercados porque permite que o Fed pare de subir os juros."

Na avaliação de Takeo, a taxa de desemprego mais alta nos EUA e o aumento de salário levemente abaixo do esperado fazem, de certa forma, contraponto à geração de empregos mais forte no país. "Um ponto que eu acho importante é que a indústria está piorando consideravelmente e o setor de serviços que segue forte, logo mais, se o setor de bens não tiver uma perspectiva de melhora, teremos aumento do desemprego e posteriormente vai afetar serviços", avalia.

No Brasil, o tema sobre política monetária também segue no radar dos investidores, após dados conflitantes da atividade doméstica, que tendem a pressionar o Banco Central (BC) para começar a cortar os juros. Por isso, ganha destaque a participação de Roberto Campos Neto, do BC, em evento no começo da tarde.

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Segundo a MCM Consultores, a composição do crescimento do PIB brasileiro do primeiro trimestre mostra uma demanda fraca, o que reforça o cenário de queda da taxa Selic no terceiro trimestre.

Na contramão da alta da economia nos três primeiros meses de 2023, o recuo de 0,6% da produção industrial em abril ante março, pior do que a mediana de -0,3%) informada há instantes, reforça a visão de especialistas de que a atividade ainda não engatou um processo sólido e disseminado de recuperação, elevando a percepção de um quadro de desinflação.

"A narrativa aqui segue a mesma. O Congresso segue avançando em pautas importantes e vemos uma deflação importante nos preços, como mostrou o IGP-M de maio -1,84% ante -0,95% em abril. Isso reforça o que todo mundo está esperando e o que o mercado está incorporando, que é o início da queda da Selic", avalia Felipe Moura sócio e analista da Finacap Investimentos.

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