Itaú começa a vender sua fatia na XP

Estadão Conteúdo

Publicado 01.12.2020 04:00

Atualizado 01.12.2020 08:29

Itaú começa a vender sua fatia na XP

O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) venderá 5% de suas ações na XP (NASDAQ:XP), dando início ao processo de saída da maior plataforma de investimento do País, três anos após ter feito a compra de fatia da companhia e em meio a um fim de casamento conturbado.

Com a oferta, o maior banco privado da América Latina embolsará mais do que R$ 5 bilhões pela fatia (cerca de US$ 1 bilhão). A XP decidiu aproveitar e lançará novas ações na operação, por meio da qual injetará cerca de US$ 340 milhões em seu caixa, mais de R$ 1,5 bilhão. A oferta, que ocorre nesta semana, será na bolsa americana Nasdaq, onde a XP é listada há praticamente um ano.

Mesmo após essa oferta de ações (follow on), o Itaú seguirá acionista, ao menos por um tempo. No entanto, essa será uma situação passageira. O conselho do Itaú aprovou na semana passada que o restante da sua participação na XP, correspondente a 41,05% da companhia, será segregada para uma nova empresa, que foi batizada de NewCo.

A ideia era que essa companhia teria suas ações listadas na B3 (SA:B3SA3) e, assim, elas seriam distribuídas aos acionistas do banco, mas a XP já anunciou que está em estudo fazer a fusão da NewCo com a XP, de forma a facilitar a vida do investidor, que passaria a ter participação direta na companhia. De qualquer forma, cada acionista do banco definirá se seguirá com a XP, ao passo que o Itaú deixará de ser um sócio. A Itaúsa (SA:ITSA4), por exemplo, já disse que se manterá acionista da maior plataforma de investimento do País. Esse processo deverá ser concretizado no início do ano que vem. A XP vale na Nasdaq mais do que R$ 100 bilhões, ou cerca de US$ 22,6 bilhões. Quando o Itaú fez seu investimento, avaliou a companhia em R$ 12 bilhões.

A despedida do Itaú do capital da XP ocorre pouco tempo após um embate público entre as empresas, depois de uma campanha publicitária lançada em horário nobre na TV aberta. O Itaú criticou o modelo de remuneração dos agentes autônomos, profissionais que ajudaram a XP a crescer. A briga ficou acirrada, pois a XP não mediu esforços para responder seu sócio, de forma pública. A XP usa como um "mantra" que seu principal concorrente são os grandes bancos, onde estão concentrados grande parte dos investimentos dos brasileiros.

Essa será a terceira oferta de ações da XP em menos de um ano. Depois do IPO em dezembro do ano passado, a companhia fez uma oferta que também marcou a saída de um antigo sócio, o fundo de private equity General Atlantic. São coordenadores da oferta a própria XP, ao lado do Itaú BBA, Morgan Stanley (NYSE:MS) e JP Morgan.

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Na última sexta-feira, o Itaú anunciou que colocaria as pessoas físicas no foco do negócio para buscar mais crescimento de sua plataforma de investimento e para blindar seus clientes investidores da concorrência. A postura mais agressiva já era esperada com o anúncio de seu desinvestimento da XP, feito mês passado. Agora terá um novo modelo de assessoria de investimento, no qual pretende ser mais próximo do varejo por meio de especialistas, com o claro objetivo de que seus clientes direcionem seus recursos que estão investidos hoje em outras plataformas para dentro do banco.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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