Jogadores de "Call of Duty" processam Activision por monopolizar ligas e torneios

Reuters

Publicado 16.02.2024 16:43

Por Mike Scarcella

(Reuters) - A fabricante de videogames Activision Blizzard foi alvo de um processo nos Estados Unidos alegando que a empresa restringe a concorrência em jogos organizados, como ligas e torneios, envolvendo "Call of Duty", sua principal franquia.

Os jogadores profissionais Hector Rodriguez e Seth Abner afirmaram em um processo antitruste protocolado na quinta-feira em um tribunal federal de Los Angeles que a Activision está monopolizando ilegalmente o lucrativo mercado das ligas e torneios de Call of Duty.

O Call of Duty, um jogo de tiro em primeira pessoa lançado pela primeira vez em 2003, é um dos jogos mais vendidos de todos os tempos da indústria e ajudou a impulsionar a receita anual da Activision em bilhões de dólares, afirmou o processo.

A Activision declarou em comunicado que irá se "defender veementemente contra essas alegações, que não têm base em fatos ou na lei", e afirmou que recusou uma exigência dos autores antes do processo de "dezenas de milhões de dólares".

A Microsoft (NASDAQ:MSFT) adquiriu a Activision no ano passado por 69 bilhões de dólares, em um acordo que ainda enfrenta o escrutínio da Comissão Federal de Comércio dos EUA.

A Activision pagou 46 milhões de dólares em 2016 para comprar a Major League Gaming, que o processo chamou de principal organizadora de competições de Call of Duty.

O processo afirmou que ligas e torneios de Call of Duty eram um "mercado de produtos vibrante e competitivo" até 2019, quando a Activision decidiu abrir sua própria liga e eliminar a concorrência.

A Activision impôs então cláusulas contratuais "draconianas" às equipes e jogadores, de acordo com o processo.

"As equipes que não aceitavam (ou não podiam aceitar) as demandas extorsivas da Activision foram completamente excluídas do mercado profissional de Call of Duty", disse o processo.