Julius Bär: Precedentes reforçam possibilidade de intervenção parcial na Evergande

Investing.com

Publicado 23.09.2021 10:52

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com –  Com a tensão nos mercados relacionada à situação da China Evergrande Group (HK:3333), alguns precedentes chineses apontam para uma perspectiva de intervenção, segundo Mark Matthews, chefe de análise para Ásia e Pacífico na Julius Bär.

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“Tem precedentes para isso, de outros conglomerados que acumulavam ativos dessa forma, que eram grandes. O governo as dividiu em vários pedaços e reestruturou. Acho que é uma sequência natural de eventos. Não sei por que eles estão esperando tanto, a cada dia que passa, há efeitos mais negativos. Acho que o governo subestimou a importância do problema”, acredita Matthews.

O chefe de análise para Ásia e Pacífico pondera que alguns investidores podem ser protegidos, mas a expectativa é que a China priorize proteger a “economia real” do próprio país. Relatório da Julius Bär reforça que um resgate total do governo estaria em desacordo com a filosofia de 'prosperidade comum' da China. Dados governamentais apontam que a construção civil é responsável por cerca de 30% dos empregos no país asiático – representatividade muito grande para ser ignorada, segundo a Julius Bär, que acredita que efeitos de contágio serão contidos. Entre os setores pressionados por essa “onda de pressão” estariam bancos, seguros, indústrias e commodities.

h2 Outros mercados em destaque na China/h2

Para Mark Matthews, a China evoluiu em dois de três objetivos principais dos últimos anos: ter avanços para vencer a pobreza e melhorar a poluição. O terceiro, relacionado ao mercado financeiro, não iria tão bem, segundo o analista. Matthews acredita que a situação da Evergrande releva um “lado feio da economia chinesa”.

“Tem tantas propriedades vagas na China que seria possível abrigar 90 milhões de pessoas ou 30 milhões de famílias”, reforça. Com isso, nos últimos meses, as casas apresentaram queda de mais de 20% nos preços .

Matthews aponta também que a economia digital chinesa está menos atrativa ultimamente. Segundo ele, há um sentimento contrário do próprio governo e do partido comunista sobre o status e enriquecimento dos novos bilionários desse mercado. Para o analista, outros setores mais promissores para os investidores voltarem os olhos agora estão relacionados ao crescimento da classe média no país asiático, como esportes, saúde, veículos elétricos, seguros e beleza.

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