LafargeHolcim fecha acordo para vender unidade brasileira à CSN por US$ 1,025 bi

Estadão Conteúdo

Publicado 10.09.2021 04:45

Atualizado 10.09.2021 08:10

LafargeHolcim fecha acordo para vender unidade brasileira à CSN por US$ 1,025 bi

A produtora de cimentos franco-suíça LafargeHolcim informou, em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 10, que assinou acordo para vender à Companhia Siderúrgica Nacional (SA:CSNA3) (CSN) sua operação local. Segundo a Lafarge, o valor de empresa (enterprise value) de sua unidade calculado na transação é de US$ 1,025 bilhão (ou R$ 5,3 bilhões). A aquisição deve contribuir para a expansão da CSN Cimentos, que já havia adquirido a brasileira Elizabeth há três meses.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou em abril que a companhia franco-suíça estava em busca de um comprador para a operação no Brasil. Ainda naquele mês, a Coluna do Broadcast informou que Benjamin Steinbruch, controlador da CSN, tinha interesse no ativo. À época, a filial brasileira da Lafarge tinha 10% do mercado brasileiro de cimentos.

No comunicado divulgado nesta sexta, a Lafarge informa que o negócio inclui as cinco plantas integradas de produção de cimento que opera no País, quatro estações de trituração, seis unidades de agregação e 19 unidades de mistura de concreto.

A nota não informa a capacidade instalada das fábricas, ou detalhes sobre o desempenho financeiro da operação local. Na América Latina, as vendas de cimento da Lafarge, em toneladas, cresceram 28,3% no primeiro semestre, para 13,3 milhões de toneladas. As vendas líquidas saltaram 29,5%, para 1,269 bilhão de francos suíços.

Segundo a Lafarge, a venda do negócio no Brasil fortalece seu balanço, reduzindo de forma significativa o endividamento da empresa. A multinacional deve utilizar os recursos que receberá da CSN para investir na área de soluções e produtos, fortalecendo a Firestone, adquirida no início do ano.

"Este desinvestimento é mais um passo em nossa transformação em um líder global em soluções inovadoras e sustentáveis, dando-nos flexibilidade para continuar investindo em oportunidades atrativas de crescimento", diz Jan Jenisch, CEO da LafargeHolcim. "Estamos satisfeitos por termos encontrado na CSN um comprador responsável, que vai desenvolver a unidade brasileira a longo prazo."

A multinacional pretende continuar operando na América Latina, com investimentos recentemente anunciados na Argentina e no México. Em abril, a companhia tinha 1,4 mil funcionários no Brasil, com operações de cimento, concreto e agregados. Líder global no setor, a companhia vendeu parte de seus ativos locais para a irlandesa CRH (LON:CRH) em 2015.

De acordo com dados de 2017, a LafargeHolcim era a terceira maior produtora de cimento do País em capacidade instalada, atrás da Votorantim e da Intercement. No primeiro semestre, a CSN Cimentos tinha capacidade instalada para produzir 4,7 milhões de toneladas de cimento por ano, segundo documentos entregues à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Essa é a segunda aquisição feita pela CSN Cimentos neste ano. A companhia adquiriu em junho a Elizabeth Cimentos e a Elizabeth Mineração por R$ 1,08 bilhão, e a operação foi concluída em agosto. A compra adicionou 1,3 milhão de toneladas em capacidade à produção da cimenteira da CSN.

No segundo trimestre do ano, a CSN Cimentos teve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 147 milhões, crescimento de 42,8% em um trimestre, e representou 2,2% da receita líquida do Grupo, com receitas de R$ 343 milhões, alta de 23,6% em três meses.

A CSN chegou a cogitar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos no primeiro semestre, mas adiou os planos. A companhia preferiu esperar uma melhor janela para seguir com a operação.

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