"Lei Taylor Swift" e outras medidas visam enfrentar preços altos de ingressos em shows nos EUA

Reuters

Publicado 25.04.2024 11:42

Atualizado 25.04.2024 13:36

Por Lisa Richwine

LOS ANGELES (Reuters) - Os problemas ocorridos durante a venda de ingressos para a turnê da cantora Taylor Swift há dois anos estão levando parlamentares estaduais e federais dos Estados Unidos a atacarem práticas comerciais que, segundo eles, são enganosas ou predatórias para os fãs.

Um dos principais objetivos das casas de shows e dos músicos é proibir as vendas especulativas, quando um vendedor oferece um ingresso que ainda não possui. Em alguns casos, eles pedem milhares de dólares por um ingresso que podem comprar mais tarde do vendedor principal por 200 dólares ou menos e obter lucro.

Em Maryland, uma nova lei tornará ilegal a venda especulativa de ingressos a partir de 1º de julho.

"Esse é um grande primeiro passo", disse Audrey Fix Schaefer, diretora de comunicações da I.M.P., a empresa que opera o Merriweather Post Pavilion de Maryland e outros locais que frequentemente recebem reclamações de consumidores que pagam preços altos ou não recebem os ingressos prometidos.

O Arizona aprovou recentemente uma legislação semelhante e apelidou a medida de "Lei Taylor Swift". Quando os fãs não conseguiram obter os ingressos da turnê The Eras por meio da Ticketmaster, muitos pagaram milhares para comprá-los por meio de revendedores, também conhecidos como vendedores secundários, ou foram enganados por sites que vendiam ingressos falsos.

Swift não comentou as propostas e um representante da cantora não respondeu a um pedido de comentário.

Em todo o país, foram apresentados projetos de lei em duas dezenas de Estados para tratar das práticas de venda de ingressos para eventos, de acordo com a National Conference of State Legislatures.

Em Illinois, uma proibição de ingressos especulativos foi aprovada no Senado estadual. A Câmara dos Deputados do Colorado aprovou uma legislação que exige mais transparência nos preços e a proibição de sites criados para imitar sites legítimos de venda de ingressos.

Ao mesmo tempo, as casas de shows e os maiores músicos do mundo estão pressionando por reformas federais.