Light oferece quitação para pequeno credor

Estadão Conteúdo

Publicado 26.02.2024 04:45

Atualizado 26.02.2024 08:10

Light oferece quitação para pequeno credor

Em meio às negociações para reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões, a diretoria da Light (BVMF:LIGT3) apresentou no final da sexta-feira passada, dia 23, uma nova proposta, que prevê o pagamento integral em até 90 dias para quem tem a receber valores de até R$ 30 mil - o que equivale a 60% do total de 28 mil credores.

LEIA MAIS: “Light precisará de muito capex para se viabilizar,” diz CEO

Na avaliação de uma pessoa próxima às negociações, que falou com o Estadão/Broadcast sob a condição de anonimato, a proposta atual é uma tentativa de harmonizar a quitação das dívidas, especialmente com os pequenos investidores, e a sustentabilidade econômico-financeira, necessária para conseguir a renovação da concessão e a continuidade dos compromissos inerentes à operação no Estado do Rio.

A proposta prevê o aporte de até R$ 1,5 bilhão, sendo que os acionistas de referência - Nelson Tanure, Beto Sicupira e Ronaldo Cezar Coelho - garantiriam a injeção de R$ 1 bilhão.

ALTERNATIVA

Ao mesmo tempo que a direção da Light tenta construir o seu plano, parte dos credores buscam alinhavar uma proposta alternativa. As discussões para se chegar a uma solução para a dívida da Light vêm desde o ano passado, quando a empresa entrou em recuperação judicial.

Nesse período, uma das principais dificuldades encontradas tem sido de a dívida ser muito pulverizada e, além disso, uma parte dos detentores do créditos tem mostrado resistência a aceitar as propostas colocadas pela empresa, que precisa de injeção de capital para destravar sua recuperação de forma sustentável.

No entanto, de acordo com uma pessoa que tem relações com a empresa, essa proposta não seria plausível, tendo em vista os desafios que a Light tem pela frente, de renegociar a renovação de sua concessão e dar continuidade aos investimentos na rede. Segundo essa pessoa, a empresa não pode apresentar um plano que tornará a empresa insustentável.

Ainda no sábado, credores da Light reagiram mal à proposta da companhia. Um deles disse a reportagem que o plano "é impossível" de ser aprovado pelos detentores do maior volume em crédito.

De acordo com essa pessoa, que tem ligação com quem tem a receber por volta de R$ 5 bilhões da companhia, não houve acordo durante as reunião para tratar do plano de recuperação.

De acordo com esse interlocutor, a empresa precisa reduzir sua alavancagem em R$ 3,2 bilhões, sendo que desse valor parte virá dos acionistas de referência e a outra da conversão de créditos. Contudo, esse é justamente um dos pontos criticados pelos credores, que avaliam a relação de troca apresentada pela empresa como "muito desfavorável".

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Por outro lado, na avaliação de uma pessoa próxima à Light, e que também aceitou falar sem ter o nome divulgado, essa proposta se adapta melhor à realidade da companhia, que tem alto passivo a ser reestruturado. Essa pessoa lembra que, dadas as características do negócio da Light, a empresa precisa manter investimentos e manutenções em seus ativos, para evitar penalizações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Além disso, eventuais problemas relacionados à prestação de serviços poderiam causar impacto negativo nas negociações com o governo do Rio no momento da renovação da concessão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações