Lucro da Boa Safra cresce 105,3% no 3º tri e atinge R$ 88,78 milhões

Estadão Conteúdo

Publicado 17.11.2021 08:11

Atualizado 17.11.2021 11:40

Lucro da Boa Safra cresce 105,3% no 3º tri e atinge R$ 88,78 milhões

A Boa Safra sementes (SA:SOJA3), companhia produtora de sementes de soja, registrou lucro líquido de R$ 88,78 milhões no terceiro trimestre de 2021, alta de 105,3% ante igual período do ano passado. A receita líquida, recorde, alcançou R$ 586,66 milhões, aumento de 92,12% em relação ao terceiro trimestre de 2020. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também cresceu entre julho e setembro, 104,4%, somando R$ 89,29 milhões. "Foi o melhor desempenho trimestral em seus 12 anos de história", disse a empresa no relatório de resultados, referindo-se à receita líquida.

A companhia credita o desempenho positivo a uma série de fatores. Um deles foi o aumento de 21,7% do volume de sementes de soja vendido em nove meses de 2021, de 76,6 mil big bags de sementes (1 big bag equivale a 5 milhões de sementes ou 25 sacas de sementes de 40 quilos), acima dos 62,1 mil big bags de igual período de 2020.

"O segundo fator (de sustentação do resultado) é o crescimento das vendas de produtos com maior tecnologia, que contam com germoplasma e eventos de biotecnologia novos e tratamento de sementes. Há sementes que custam R$ 5 mil o bag e outras, R$ 10 mil; tem crescido muito a venda desses produtos (de maior valor)", disse o diretor-presidente da companhia, Marino Colpo. "Os clientes têm comprado sementes com maior qualidade", afirmou.

A valorização do dólar ante o real, bem como a alta dos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês) também levaram a uma receita maior, já que influenciam diretamente o preço das sementes de soja. "(Estes) Dois fatores que devem continuar contribuindo para o desempenho no futuro", pontuou a companhia em comunicado.

Colpo atribuiu os bons resultados, além disso, à antecipação do plantio de soja da safra 2021/22, viabilizada pelo clima favorável aos trabalhos, com chuvas regulares no início da temporada. "Parte do faturamento que ocorreria no quarto trimestre veio para o terceiro trimestre", comentou. O executivo lembrou que, pelas características da atividade agrícola e da cultura da soja, os dois primeiros trimestres costumam trazer resultados mais fracos, por serem os meses em que a companhia entrega menos volume de semente, enquanto os dois últimos trimestres são os de melhor resultado.

Acumulado No acumulado de nove meses, a Boa Safra contabilizou receita líquida de R$ 641,09 milhões, 79,9% maior do que os R$ 356,30 milhões apurados de janeiro a setembro de 2020. Já no período de 12 meses encerrado em setembro deste ano, a receita líquida aumentou 55,7%, para R$ 873,3 milhões; o Ebitda subiu 45,6%, para R$ 151,7 milhões; e o lucro líquido teve incremento de 113,8%, atingindo R$ 135,64 milhões.

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A Boa Safra se prepara para expandir sua oferta de produtos e alcance no País em 2022, revelou o diretor-presidente da empresa produtora de sementes de soja, Marino Colpo. "Estamos muito animados para o ano que vem, porque os novos materiais (sementes com novas tecnologias de soja) já estão plantados. Hoje nossas vendas são de (tecnologia) Intacta da Bayer (DE:BAYGN) e, no ano que vem, teremos também Intacta 2 Xtend, Refúgio Xtend, além de duas da Corteva, Enlist E3 e Conkesta E3", disse. "Com isso, passaremos de 30 para 48 novas cultivares. Os produtores têm optado por esses novos materiais, que são um pouco mais caros mas muito produtivos, o que ajuda no faturamento da empresa", explicou o executivo.

Em 2022, as vendas de sementes com as quatro novas biotecnologias devem representar de 8% a 10% do volume comercializado pela companhia, segundo Colpo. "Esses quatro novos eventos começam a ganhar força no ano que vem. Não temos muito o que fazer para ampliar mais a oferta, é plantar e multiplicar, e para cada grão plantado, multiplicamos em média por 37 vezes (a produção de sementes)", argumentou Colpo.

Com os planos de maior oferta, a Boa Safra está fazendo uma série de investimentos e deve continuar ampliando sua estrutura. "Fizemos IPO (oferta inicial de ações) para construir novas plantas, aumentar a capacidade. Historicamente estamos em trajetória de crescimento, há muitos anos, e o IPO foi para crescer mais rápido", comentou. Além das expansões das unidades de Buritis (MG) e Cabeceiras (GO), a empresa está construindo uma nova planta em Jaborandi (BA), cujas obras devem ter início no ano que vem para inaugurar em 2023.

Colpo afirmou também que nos próximos meses a empresa anunciará o início da construção de seus primeiros Centros de Distribuição. "Hoje não temos centro de distribuição, fazemos (a distribuição) por meio da fábrica. O projeto de longo prazo é contar, provavelmente, com sete a oito centros, e construir um a dois por ano", contou. "Queremos ter Centros de Distribuição nas principais regiões produtoras do Brasil", complementou.

O executivo disse, ainda, que, enquanto o setor de insumos cresce historicamente ao redor de 7% ao ano em receita, a Boa Safra tem avançado em média 38% por ano. Colpo não informou a previsão de crescimento dos investimentos. Mas sinalizou que vai "continuar investindo forte". No terceiro trimestre, o Capex somou R$ 19,832 milhões, "puxado pelas linhas de obras e instalações e adiantamento à fornecedores", conforme o release de resultados.

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