Magalu cai mesmo após aquisição em food delivery; realização de ações tech pesa

Investing.com

Publicado 04.09.2020 11:02

Por Leandro Manzoni

Investing.com - As ações do Magazine Luiza (SA:MGLU3) são negociadas com baixa na primeira hora de negociação nesta sexta-feira na B3, com desempenho pior ao Ibovespa. A varejista anunciou ontem (03), após fechamento do mercado, a compra do startup de delivery de comida AiQFome, ampliando a prateleira de serviços para tentar a recorrência de uso de seu marketplace. Os valores da transação não foram revelados. No entanto, a realização sobre as ações de tecnologia pesa sobre o desempenho da varejista.

Por volta das 11h00, os papéis do Magazine Luiza caíam 3,14% a R$ 85,72, oscilando entre a mínima de R$ 83,47 e máxima de R$ 90,44, com volume negociado em R$ 519,33 milhões. O desempenho ainda é melhor do que o de outros papéis de varejo, que lideram as perdas do Ibovespa. Os papéis da B2W (SA:BTOW3) caíam 5% a R$ 97,37 e os da Via Varejo (SA:VVAR3) perdiam 4,64% a R$ 18,32. O Ibovespa operava estável a 100.723 pontos, após chegar a subir mais de 0,5%.

As ações das varejistas, que foram beneficiados com o rali de ações de tecnologia devido à expansão de vendas no e-commerce, sofrem com a realização dos papéis ‘techs’ em Nova York. O índice de tecnologia Nasdaq caía 1,73%, prosseguindo o forte recuo da véspera de 4,96%, enquanto o índice Dow Jones tinha leve alta e o S&P 500 operava em queda.

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h2 Quem é AiQFome?/h2

Com sede em Maringá (PR), o AiQFome atende 350 cidades distribuídos em 21 Estados com uma plataforma de 2 milhões de clientes e 17 mil restaurantes, movimentando cerca de R$ 700 milhões por ano em 20 milhões de pedidos. Em média, cada cliente realiza 3 pedidos por mês, avaliando o app como um dos melhores do segmento de food delivery.

O valor da operação não foi revelado. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores do Magazine Luiza, Roberto Bellissimo, o valor não é materialmente relevante.

Além de atender principalmente cidades menores, com população de 15 mil a 300 mil habitantes cada, o AiQFome tem um modelo distinto dos aplicativos de entrega de comida mais conhecidos, como iFood, Rappi e Uber (NYSE:UBER) Eats, já que o aplicativo é usado apenas intermediar a encomenda e o pagamento das refeições, enquanto a entrega fica a cargo dos restaurantes.

O AiQFome será integrado ao superapp do Magalu, que nos últimos anos passou a incluir carteira digital e os e-commerces de Netshoes (NYSE:NETS), Zattini e Época Cosméticos, entre outros.

Segundo Bellissimo, o Magazine Luiza começará em breve a fazer testes com o AiQFome incluindo os serviços de entregas, enquanto amplia investimentos no negócio para atender cidades de maior porte.

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"Além de ampliar a oferta de serviços do nosso marketplace, o objetivo com a compra é de que o AiQFome aumente a recorrência de uso do nosso superapp", disse o executivo a jornalistas em transmissão pela internet.

A aquisição também deixará à disposição o Magalu Pagamentos e Magalu Entrega aos restaurantes.

h2 Visão dos analistas/h2

A Mirae Asset vê a notícia como positiva, apontando que o movimento confirma a ampliação de serviços da plataforma de acordo com a última call dos executivos da empresa com analistas da corretora. A Mirae continua otimista com o papel, esperando novas aquisições e impulsionado por cenário de juros e inflação baixos, além da continuidade do programa de auxílio emergencial do governo federal.

A corretora reitera recomendação de compra com preço-alvo em R$ 95,00, com potencial de valorização de 7% em relação ao fechamento de ontem.

h2 Expansão/h2

A compra do AiQFome dá continuidade às aquisições do Magazine Luiza, que detinha uma posição de caixa líquido de R$ 5,8 bilhões em junho de 2020, após geração de caixa operacional de R$ 2,2 bilhões no trimestre, a maior da história da companhia.

Em 2020, a varejista já havia adquirido  livraria Estante Virtual, a startup Hubsales, a plataforma de geolocalização da Inloco Media e o portal Canaltech. De acordo com o jornal Valor Econômico, o Magazine Luiza prepara sua entrada em lojas físicas no Rio de Janeiro, por meio de uso de imóveis antes utilizados pela Ricardo Eletro.

(Com contribuição de Reuters)

 

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