Magazine Luiza despenca mais de 7% após balanço; Veja o que os analistas falam

Investing.com

Publicado 15.03.2022 11:48

Atualizado 15.03.2022 12:51

Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - As ações da Magazine Luiza (SA:MGLU3) despencam nesta manhã, liderando as perdas do Ibovespa, após a empresa divulgar o seu balanço do quarto trimestre de 2021. Os números foram considerados mais fracos do que o esperado, o que torna a situação da empresa ainda mais difícil diante de um cenário macroeconômico mais desafiador.

Às 12h50, os papéis caíam 7,69%, a R$ 4,92.

O resultado da Magazine Luiza não foi uma surpresa para Itaú BBA, porém o banco acredita que a varejista está sofrendo para lidar com os impactos de uma base de comparação elevada, após dois anos atípicos. Agora a companhia precisa readequar a sua estrutura para atuar em um cenário normalizado.

Ainda assim, o Itaú BBA destaca que a lucratividade da Magalu veio abaixo das suas expectativas e algumas das despesas das lojas físicas não estavam no radar do banco. Boa parte da provisão de estoque de R$ 395 milhões do 3T21 foi utilizada durante o 4T21 e diversos eventos não recorrentes tiveram um efeito líquido de R$ 251 milhões no Ebitda. 

O lucro bruto do Magalu recuou 4,5% a.a, para R$ 2,37 bilhões, impactado pelo aumento de custos das mercadorias, mas ainda assim a sua margem bruta subiu 60 pontos-base, para 25,3% no período. Porém, levando em contas as maiores despesas operacionais, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 79 milhões, enquanto a margem Ebitda caiu 260 bps no ano, para 2,6%

Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), o e-commerce da Magazine Luiza continua sendo uma tese estrutural positiva, mas com muito mais ruído de curto prazo, com a tendência de inflação e juros altos. A participação desse segmento nas vendas totais subiu de 64% no 4T20 para 72% agora, o que ajudou no aumento da margem bruta.

A demanda mais fraca para as principais categorias da Magalu, junto com a inflação de custos de insumos, mudanças no e-commerce e alavancagem operacional, criam um cenário que já vinha sido compreendido, segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS). Mas para o banco, a ação ainda deve sofrer mais com uma pressão adicional à medida que as expectativas são redefinidas.

O GVM online cresceu 17% na comparação com o 4T20, o que implica em uma taxa de crescimento de 158% nos últimos dois anos. Porém isso demonstra uma desaceleração em relação aos dados do 3T21, quando essa taxa foi de 204%. O mesmo acontece com o GVM do marketplace, que subiu 60% no 4T21, chegando a uma taxa acumulada de dois anos de 257%, abaixo dos 310% do trimestre anterior.

Por outro lado, a Magazine Luiza abriu espaço para novas categorias na sua plataforma, representando 45% das vendas do e-commerce em 2021, destaca a XP (SA:XPBR31). A corretora aponta que o GMV do KaBum! foi de R$ 4 bilhões, o da Época Cosméticos foi de R$ 1 bilhão, o do AiQFome foi de R$ 1,3 bilhão, e o da Netshoes (NYSE:NETS_old) e do segmento de moda foi de R$ 5 bilhões.

Ainda assim, o Goldman Sachs acha relevante comparar o desempenho da varejista com o da concorrência. Ao passo em que em termos de GMV absoluto, a Magalu adicionou R$ 1,6 bilhão ao resultado, o Mercado Livre (NASDAQ:MELI) somou R$ 3,6 bilhões, alta anual de 23%, enquanto a Americanas alcançou R$ 3,3 bilhões e a Via teve R$ 1 bilhão, crescimento de 36% e 20%, respectivamente.

Diante desse cenário, o Goldman Sachs mantém a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 10. A mesma indicação também é feita pelo BTG, mas com preço-alvo de R$ 16, e o Itaú BBA classifica o preço justo das ações da Magalu em R$ 12. 

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