Menor tensão por China resgata Ibovespa da mínima em 10 meses antes de Fed e Copom

Reuters

Publicado 21.09.2021 17:39

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice de ações brasileiras teve um respiro nesta terça-feira, acompanhando uma reação em praças internacionais diante de análises mais conservadoras sobre o impacto de um iminente calote da incorporadora Evergrande (OTC:EGRNY) no setor imobiliário chinês e, por consequência, na já cambaleante economia global.

Montado principalmente em ações ligadas ao consumo doméstico que vinham sendo severamente castigadas nas últimas semanas, o Ibovespa avançou 1,29%, para 110.249,73 pontos. O fechamento marcou a primeira alta após ter encolhido 6,5% no acumulado das últimas cinco sessões e voltado ao menor nível desde novembro passado. O volume financeiro da sessão somou 29,8 bilhões de reais.

Sobre o caso China nada aconteceu de prático, exceto o presidente da Evergrande mostrar confiança de que a segunda maior incorporadora da China "sairá de seu momento mais sombrio". Sinais de resgate por parte do governo chinês não vieram.

No entanto, prevaleceram no dia avaliações de profissionais do mercado de que é pequeno o risco de um efeito dominó gerado por uma possível quebra da Evergrande no ramo responsável por cerca de 25% do PIB da China, destino de um terço das exportações brasileiras.

O alívio nas ordens de venda de ações se esparramou por todos os setores da bolsa brasileira, mas com menor intensidade em siderurgia e mineração, diante do medo de que uma derrocada imobiliária na China comprometa a economia do país por alguns anos e, consequentemente, reduza o consumo de aço.

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A maioria dos índices de ações pelo mundo subiu, além das cotações de commodities, mesmo na véspera de prováveis notícias de aperto da política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

"O mercado aguarda ansiosamente por mais informações sobre o plano de desaceleração do programa de compra de títulos (dos EUA), em especial a data em que o movimento se iniciará", afirmou Filipe Fradinho, analista técnico da Clear Corretora, em nota.

Por aqui, o principal item da agenda é o anúncio da nova taxa básica de juro, com a aposta majoritária de alta de 1 ponto percentual da Selic, que chegaria a 6,25% ao ano.

h2 DESTAQUES/h2

- MÉLIUZ (SA:CASH3) foi a campeã do dia, com um salto de 13,6%, com a ação da empresa de programas de fidelização reagindo após ter caído mais de 50% desde as máximas de julho.

- VIA (SA:VIIA3) disparou 11,28%. A dona da rede Casas Bahia informou pela manhã que superou no início deste mês 100 mil vendedores terceiros em sua plataforma online, atingindo antes do previsto metas planejadas para o fim do ano. No setor, LOJAS AMERICANAS (SA:LAME4) cresceu 3,8%.

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- CVC (SA:CVCB3) subiu 6,5%, após a companhia de turismo ter revelado pela manhã dados operacionais e financeiros relativos a agosto que agradaram investidores.

- GOL (SA:GOLL4), que anunciou acordo com a Avolon para operar 250 aeronaves elétricas de decolagem e pouso verticais em 2025, ganhou 3,87%.

- BRADESCO (SA:BBDC4) evoluiu 1,45%, liderando uma recuperação parcial entre grandes bancos. BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) cresceu 2,54%. Mas ITAÚ UNIBANCO (SA:ITUB4) e SANTANDER BRASIL (SA:SANB11) encolheram 0,26% cada.

- PETROBRAS (SA:PETR4) teve incremento de 2,27% com as cotações do barril do petróleo se recuperando ao longo do dia e fechando a sessão em alta.

- VALE (SA:VALE3) reverteu para fechar em alta 0,97%, o mesmo acontecendo com USIMINAS (SA:USIM5), que teve elevação de 2,19%. Já CSN (SA:CSNA3) não resistiu e recuou 0,38%.

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