Moderna reduzirá produção de vacina contra Covid

Reuters

Publicado 13.09.2023 10:21

Por Patrick Wingrove

(Reuters) - A Moderna (NASDAQ:MRNA) anunciou nesta quarta-feira que está reduzindo a fabricação de sua vacina contra a Covid-19, cuja versão atualizada foi aprovada esta semana pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos, para se alinhar com a menor demanda pós-pandemia e ajudar a empresa a atingir mais cedo sua meta de crescimento da margem bruta de 75% a 80%.

A Moderna está em negociações com seus parceiros de vacinas contra a Covid baseadas em RNA mensageiro em todo o mundo para reduzir a produção, disse Stephen Hoge, presidente da empresa sediada em Massachusetts, em uma entrevista.

A redução, acrescentou Hoge, ajudará a Moderna a se ajustar à fase endêmica da doença, o que levou à queda da demanda por vacinas contra a Covid-19.

A Moderna previu em agosto que a demanda dos EUA pela vacina chegaria a 50 a 100 milhões de doses na temporada de outono. Cerca de 153,8 milhões de vacinas contra a Covid foram administradas nos Estados Unidos em 2022, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

"Nos últimos dois anos, estivemos em modo pandêmico, produzindo um bilhão de doses por ano", disse Hoge. "Esperamos o momento em que a pandemia estivesse oficialmente superada e precisássemos reestruturar a área de produção."

Após a autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA na segunda-feira, a Moderna disse que começaria a enviar doses da vacina contra a Covid pelos Estados Unidos.

A empresa tem acordos para fornecer sua vacina contra Covid a outros países, incluindo Reino Unido, Canadá e Japão, mas ainda não tem um acordo com a União Europeia, de acordo com Hoge, que também disse que a Covid era o foco do acordo de fabricação da Moderna com a China.

Hoge afirmou que, embora a Moderna esteja trabalhando urgentemente na redução da produção da Covid, as negociações com fabricantes terceirizadas - que ajudarão a produzir as próximas vacinas contra vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza que os investidores esperam que comecem a substituir a receita decrescente da Moderna com a Covid - podem se estender até o próximo ano.