Morgan Stanley eleva Copel para "overweight"; retoma cobertura de Eletrobras

Reuters

Publicado 19.09.2023 12:11

(Reuters) - Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) retomaram a cobertura das ações da Eletrobras (BVMF:ELET3) com recomendação "overweight", mesma classificação para a qual elevaram a de Copel (BVMF:CPLE6), que tinha "equal-weight" anteriormente, conforme relatório enviado a clientes nesta terça-feira.

"Apesar dos catalisadores distantes em geração, os descontos de valuation fazem com que a nossa tese da indústria passe da 'distribuição sobre a geração' para a 'escolha seletiva de ações', perseguindo a assimetria risco-retorno em todos os segmentos", afirmaram Miguel Rodrigues e equipe.

Eles acrescentaram que continuam a acreditar que a dinâmica da indústria é relativamente mais favorável à distribuição em comparação com a geração e a transmissão, mas os valuations relativos já não suportam recomendações para ações mais amplas impulsionadas pela indústria.

Na distribuição, eles dizem esperar que os termos recentemente propostos permitam a extensão das concessões, o representa uma grande redução de risco para o segmento, mas o mercado tem recentemente já tem colocado no preço uma perspectiva mais construtiva.

Em relação à geração, eles ponderaram que a recuperação dos preços da energia parece distante, dado o atual excesso de oferta de energia e os elevados níveis dos reservatórios, colocando este catalisador num futuro distante.

"No entanto, a atual curva dos preços da energia está significativamente abaixo dos níveis normalizados de longo prazo, criando um ponto de entrada atrativo", avaliaram os analistas, que também tem recomendação "overweight" para Energisa (BVMF:ENGI11), Equatorial (BVMF:EQTL3) e CPFL (BVMF:CPFE3).

Citando que as ações de ambas as empresas ainda são negociadas nos níveis de empresas estatais, eles definiram os preços-alvos dos papéis da Eletrobras em 54 reais para as ONs e 59 reais para as PNBs. Para Copel, o preço aumentou de 9 para 12 reais.

"Vemos uma combinação de fatores de risco que impulsionam esses valuations extremamente baixos, particularmente perspectivas pessimistas para os preços da energia e consideração do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a limites do poder de voto", ponderaram no relatório.