MPF pede à Justiça que Enel SP indenize clientes por vazamento de dados pessoais

Reuters

Publicado 23.01.2024 13:22

Atualizado 23.01.2024 14:10

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que a distribuidora de energia Enel (BIT:ENEI) São Paulo seja condenada a pagar indenizações pelo vazamento de dados de mais de 4 milhões de clientes em novembro de 2020.

Segundo o órgão, desde o vazamento, ocorrido há mais de três anos, a Enel não comprovou nenhuma providência adotada para auxiliar os lesados ou reduzir os danos que a exposição pública e ilegal de dados provocou.

O MPF requer que a empresa, que atende a capital paulista e região metropolitana, seja obrigada a indenizar em 30 mil reais cada um dos clientes atingidos pelo vazamento, além de desembolsar valor não inferior a 500 milhões de reais por danos morais coletivos.

Eventuais ressarcimentos ocorreriam somente após toda a tramitação do processo, quando estiver esgotada a possibilidade de as partes recorrerem de decisões judiciais.

Procurada nesta terça-feira, a Enel informou que não foi notificada da ação.

Segundo o MPF, em 9 de novembro de 2020, a Enel disse ter tomado ciência da exposição pública de dados referentes a cerca de 4% de sua base de clientes, todos do município de Osasco (SP), "fato este que pode ter resultado em um vazamento em nível nacional", diz a nota do órgão divulgada nesta terça-feira.

O órgão ingressou como coautor em ação civil pública ajuizada contra a empresa pelo Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais, Compliance e Segurança da Informação (Instituto Sigilo).