Na véspera do Copom e do Fed, Bolsa fecha em leve baixa de 0,09%

Estadão Conteúdo

Publicado 15.06.2021 15:02

Atualizado 15.06.2021 18:10

Na véspera do Copom e do Fed, Bolsa fecha em leve baixa de 0,09%

Em leve baixa nesta terça-feira, o Ibovespa conseguiu sustentar assim como segunda-feira a linha de 130 mil pontos, tendo permanecido na estreita faixa de 129 a 130 mil em todos os fechamentos de junho a partir do dia 2, após encerrar maio aos 126,2 mil pontos. Nesta véspera de decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, com giro enfraquecido a R$ 26,7 bilhões, o índice da B3 (SA:B3SA3) fechou em baixa de 0,09%, a 130.091,08 pontos, entre mínima de 129.304,07 e máxima de 130.435,51 pontos na sessão. Na semana, avança 0,50%, colocando os ganhos da primeira quinzena do mês a 3,07% e os do ano a 9,30%.

Na B3, destaque nesta terça-feira para Sul América (SA:SULA11) (+4,84%), PetroRio (SA:PRIO3) (+3,61%) e Ecorodovias (SA:ECOR3) (+3,31%), na ponta do Ibovespa na sessão. No lado oposto, Banco Inter (SA:BIDI4) cedeu 2,73%, Azul (SA:AZUL4), 2,66%, e Hering (SA:HGTX3), 2,54%. Entre as blue chips, o dia foi positivo para Petrobras (SA:PETR4) (PN +0,97%, ON +0,72%), com o Brent negociado a US$ 74 por barril, enquanto Vale ON (SA:VALE3) fechou em baixa de 1,95%, a R$ 111,50.

O dia foi majoritariamente negativo para as ações de grandes bancos, à exceção de Bradesco (SA:BBDC4) PN (+0,07%). As siderúrgicas também cederam terreno, com destaque para CSN ON (SA:CSNA3) (-1,37%).

Além do avanço nas cotações da commodity, fatores intrínsecos à Petrobras mantiveram as ações da empresa na contracorrente das blue chips nesta sessão. "Ao longo da semana, a estatal anunciou duas notícias que animaram os analistas, e que reforçam os planos de redução de alavancagem, assim como maior fluxo de caixa - ou seja, mesmo com a mudança recente da diretoria, a estratégia de desalavancagem não está em risco, e aproxima a empresa da meta de pagar maiores dividendos aos acionistas", diz Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Sem dados domésticos que contribuíssem para orientar os negócios na B3 nesta terça-feira, a expectativa se volta para a "super quarta", desta vez com atenção maior para o Copom do que para a própria sinalização de política monetária do Federal Reserve.

"O mercado hoje já está bem dividido na precificação de juros futuros, entre alta de 0,75 ponto e alguma probabilidade de alta de 1 ponto porcentual na Selic, amanhã. Os juros futuros indicam alguma possibilidade de a taxa subir 1 ponto, e agora o mercado já incorporou bastante no preço que seja retirada (no comunicado do Copom) a referência a ajuste parcial, e (o BC) comece a falar no ajuste que for necessário para trazer as expectativas de inflação de 2022 de volta para o centro da meta", diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group.

"Se vier 1 ponto porcentual de alta, a reação do mercado já está em parte acontecendo, ontem e hoje. Se vier mesmo, não será uma grande surpresa, porque já está sendo incorporado nos preços", acrescenta. "A reunião do Fed, amanhã, também é bastante relevante - se vai dar algum sinal sobre redução de estímulos. A economia americana está crescendo muito fortemente, e a inflação também subiu nos Estados Unidos. É uma composição de fatores, com Copom e Fed", conclui o economista.

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"A possibilidade de aumento de 1 ponto porcentual na Selic, e não de 0,75 ponto, cresce no mercado, porque se sente a necessidade de um ajuste mais rápido na taxa de juros nominal, para um patamar que seja adequado e confortável para reduzir o risco de que a inflação do ano que vem supere não só a meta como o intervalo adicional da meta", diz Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

"Hoje as projeções de mercado, em função do IPCA pesado e, agora, provável repercussão adicional no IPCA de aumento de energia - questões relativas à crise hídrica e a algum começo de repasse de custos na indústria e também nos serviços, na medida em que a vacinação vier - estendem um estado de alerta no mercado, que faz pressionar o Banco Central a acelerar esse ajuste", acrescenta o economista-chefe da Acrefi.

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