Índices dos EUA caem com ansiedade antes de resposta de Trump à China

Reuters

Publicado 29.05.2020 12:03

Por Medha Singh

(Reuters) - Os três principais índices de ações dos Estados Unidos caíam nesta sexta-feira, com investidores se preparando para uma resposta dos Estados Unidos à lei de segurança nacional da China para Hong Kong, o que ameaçava tirar o brilho de mais um mês de fortes ganhos para o mercado de ações.

O presidente Donald Trump, que alertou sobre uma resposta dura à ação da China, deve fazer anúncio mais tarde.

"As tensões entre as duas maiores economias do mundo estão tão altas quanto se pode puxar da memória, mais altas do que durante a guerra comercial do ano passado, que tinha foco econômico", disse Sachin Raghavan, analista da Cantor Fitzgerald.

Além disso, do lado macro, os gastos do consumidor nos Estados Unidos tiveram queda recorde em abril, com a pandemia do Covid-19 minando a demanda, e os dados reforçaram expectativas de que a economia pode contrair no segundo trimestre a seu ritmo mais acentuado desde a Grande Depressão.

As ações do setor financeiro, segmento do S&P com melhor desempenho nesta semana, exerciam a maior influência negativa no S&P 500 nesta sessão.

Ainda assim, os principais índices de Wall Street caminhavam para encerrar maio com um segundo mês consecutivo de ganhos, na esperança de um retorno à normalidade econômica após um tombo provocado pelo coronavírus.

Às 11:58 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,85%, a 25.185 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,560116%, a 3.013 pontos.

O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,16%, a 9.354 pontos, com Microsoft Corp (NASDAQ:MSFT), Amazon.com Inc (NASDAQ:AMZN) e Netflix Inc (NASDAQ:NFLX) ajudando a limitar as perdas do índice.

Um dia depois de Trump assinar decreto que ameaça empresas de mídia social com novos regulamentos sobre liberdade de expressão, o Twitter Inc. colocou um aviso em um tuíte do presidente, acusando-o de violar as suas regras por "enaltecer a violência" em uma mensagem que dizia que saqueadores em protestos em Minneapolis seriam baleados.