Investing.com
Publicado 17.09.2019 10:47
Atualizado 17.09.2019 12:43
Oi recua com geração de caixa negativa em julho; China Mobile teria interesse na tele
Investing.com - No final da tarde de segunda-feira, a Oi (SA:OIBR4) informou que voltou a ter resultado negativo na geração de caixa em julho, com registro negativo de R$ 540 milhões no mês. Os dados foram anunciados pelo administrador da recuperação judicial, o escritório de advocacia Arnoldo Wald.
Com isso, as ações da companhia iniciam a terça-feira com forte queda, com as ON (SA:OIBR3) recuando 2,80% a R$ 1,02 e as PN (SA:OIBR4) estáveis a R$ 1,55, por volta das 10h45 da manhã. Às 12h40, os papéis ordinários diminuíram as perdas para 1,87% a R$ 1,05, enquanto as preferenciais continuavam estáveis.
O montante representa mais de três vezes em relação ao registrado em junho, quando obteve geração negativa de R$ 177 milhões. A administração da operadora diz que o resultado está "em linha com o fluxo previsto" no plano da recuperação judicial.
No mesmo período, a tele teve recorde de investimento desde o início da recuperação judicial, um total de R$ 702 milhões, um aumento de 29% em relação a junho. O Capex da Telemar foi de R$ 245 milhões (crescimento de R$ 39 milhões), enquanto da Oi (SA:OIBR4) Móvel foi de R$ 374 milhões (avanço de R$ 90 milhões); e da Oi S.A. totalizou R$ 83 milhões (aumento de R$ 54 milhões). Os números também estão dentro do plano estratégico de aceleração dos investimentos da companhia, principalmente em fibra ótica e de ampliação da rede móvel.
O grupo ainda teve aumento de R$ 259 milhões em recebimentos, totalizando R$ 2,369 bilhões no mês. A rubrica clientes mostrou aumento de R$ 120 milhões, totalizando R$ 1,616 bilhão, segundo a Oi (SA:OIBR4), por conta do maior número de dias úteis (23, contra 20 em junho). Os recebimentos em serviços de uso de rede tiveram alta de R$ 38 milhões e chegaram a R$ 43 milhões.
Interesse chinês
A maior operadora de telefonia móvel do mundo, China Mobile, estaria interessada na aquisição da Oi (SA:OIBR4) e, para isso, teria pedido informações para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre as regras para operação no Brasil. As informações foram obtidas com exclusividade pelo site SUNO Notícias, da casa de análises Suno Research.
A informação coloca a companhia chinesa de novo no caminho para a compra da Oi (SA:OIBR4), o que já havia sido considerado no passado, mas as negociações não caminharam. Agora, com a aprovação do PLC 79, que muda o marco regulatório do setor, as portas podem estar se abrindo para a chegada da gigante de telefonia móvel.
A publicação informa que a Anatel respondeu a solicitação da China Mobile informando que a chinesa necessita cumprir alguns requisitos para poder operar no país. E, eventualmente, de qualquer tipo de acordo com a Oi (SA:OIBR4). Entre as exigências estão estabelecer duas empresas, adquirir espaços de radiofrequência obter registro em órgãos reguladores do país, cumprir requisitos eletrônicos e pagar uma taxa por cada licença.
De acordo com a SUNO, o documento informa ainda que, caso a chinesa adquira uma companhia brasileira, ela poderia pular algumas dessas etapas burocráticas. Além disso, nesse caso a China Mobile poderá conquistar espaço na rede brasileira sem precisar esperar novos leilões e adquirir rapidamente uma infraestrutura avançada.
Segundo os dados da consultoria Teleco, a telefônica chinesa detém, atualmente, 925 milhões de linhas de celulares ativas. Sua receita foi de cerca de US$ 107 bilhões (cerca de R$ 430 bilhões) no ano passado. O pedido à Anatel, segundo fontes do setor, demonstra que a China Mobile estuda oportunidades concretas de iniciar a operar no Brasil.
Com Reuters.
Escrito por: Investing.com
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.