Operação Greenfield atinge Caixa, Bradesco, Santander Brasil e Rio Bravo

Reuters

Publicado 05.09.2016 17:38

Operação Greenfield atinge Caixa, Bradesco, Santander Brasil e Rio Bravo

SÃO PAULO (Reuters) - Caixa Econômica Federal, Bradesco (SA:BBDC4), Santander Brasil (SA:SANB11) e a gestora de recursos Rio Bravo também foram alvo da operação Greenfield deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira por suspeita de fraude em fundos de pensão de estatais.

Em todos os casos, a operação mirou a área de gestão de recursos de terceiros dessas instituições.

No caso da Caixa, o alvo da investigação é um fundo do Funcef administrado pelo banco. O Funcef é o fundo de pensão dos funcionários do banco estatal.

Além do Funcef, a operação apura suspeita de crimes de gestão temerária e fraudulenta dentro do Previ (Banco do Brasil (SA:BBAS3)), Petros (Petrobras (SA:PETR4)), Postalis (Correios), tendo como base dez casos revelados a partir do exame das causas de déficits bilionários apresentados pelos fundos.

As autoridades expediram 7 mandados de prisão temporária, 34 de condução coercitiva e 106 de busca e apreensão pela Justiça, que determinou sequestro de bens e bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas no valor aproximado de 8 bilhões de reais, segundo comunicado da PF.

Em nota, a Caixa afirmou que já havia criado uma força tarefa interna com técnicos de carreira do banco para apurar "eventuais irregularidades" em investimentos do Funcef.

Também em nota, o Bradesco afirmou que suas unidades de gestão de recursos Bram e a BEM "seguem estritamente o regulamento dos fundos sob sua gestão e administração e as regras definidas pelos reguladores" e que estão prestando toda a colaboração requerida pelas autoridades."

Já o Santander Brasil admitiu que a PF solicitou documentos relacionados ao Funcef, Petros, Previ e à afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil, que está em recuperação judicial, e ao fundo Global Equity. "Essas investigações não têm qualquer relação com o Santander, mas sim com os referidos fundos", afirmou o banco.