Bloomberg Línea Brasil
Publicado 19.01.2022 11:47
Atualizado 19.01.2022 12:16
Pedido de recuperação judicial da Via é improvável, diz relatório da XP
Um possível pedido de recuperação judicial por parte da Via SA (SA:VIIA3), rede de móveis e eletrodomésticos dona das bandeiras Casas Bahia, Ponto, Extra.com.br e Bartira, preocupa investidores, segundo um relatório divulgado por analistas do grupo financeiro XP (SA:XPBR31), ontem (18).
“Recentemente, fomos questionados por investidores quanto a um possível pedido de recuperação judicial (RJ) por parte da Via. Em nossa visão, vemos o pedido de RJ como improvável”, avalia a XP no relatório assinado por Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt.
Os analistas dizem que a preocupação dos investidores pode ser decorrente da provisão trabalhista de R$ 1,2 bilhão anunciada na divulgação do resultado financeiro do terceiro trimestre pela companhia. O valor deve ser desembolsado ao longo dos próximos anos.
“Não vemos nenhum indício de a companhia estar em processo de pedido de RJ no momento”, reforça a XP.
O relatório sustenta que a Via renegociou os vencimentos de suas dívidas, com 78% com vencimento no longo prazo, versus 40% no fim de 2020. Além disso, a XP cita que a posição de caixa da Via permanece “sólida, com R$ 1,6 bilhão à disposição”.
“Em um cenário de uma potencial RJ, as companhias buscam fazer desinvestimento para reforço de caixa, enquanto a companhia recentemente anunciou a aquisição da logtech CNT”, observam os analistas.
A XP reiterou sua recomendação neutra e preço-alvo de R$ 10/ação, justiciando enxergar “um ambiente competitivo agressivo no segmento de e-commerce e um cenário macroeconômico desafiador para 2022″.
A ação da Via fechou, ontem, cotada a R$ 3,75, acumulando em janeiro desvalorização de 25,90% e de 72,84% em 12 meses. Em 52 semanas, o papel variou de uma mínima de R$ 3,75 a uma máxima de R$ 16,19.
h2 Três anos/h2Em novembro, a Via divulgou esperar que o impacto das provisões prossiga nos próximos três anos, atingindo em 2024 um padrão do mercado. No terceiro trimestre, a companhia reportou um prejuízo contábil de R$ 638 milhões devido ao impacto negativo do aumento de provisões com processos trabalhistas.
Houve uma alta de 32% nos valores dessas ações, segundo a varejista. A Via explicou isso citando prática da antiga administração da companhia de levar os casos até os tribunais de justiça superiores, o que gera correção mais alta dos valores.
Ver mais em Bloomberg Línea Brasil
Escrito por: Bloomberg Línea Brasil
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.