Pequenas notáveis de julho: as ações de small caps mais indicadas pelas corretoras

Arena do Pavini - O Índice Small Caps (SMLL) da bolsa B3 fechou junho com alta de 7%, quase o dobro da variação de 4,10% do Índice Bovespa. No ano, o indicador do desempenho das empresas de menor porte acumula alta de 19,3% e, em 12 meses, de 41,7%, ante 14,9% e 38,8% do Ibovespa. A vantagem das pequenas empresas está no potencial de crescimento, em geral acima do das grandes companhias.

As indicações de carteiras de small caps de nove corretoras acompanhadas pelo Portal do Pavini mostram uma boa diversificação. Há desde bancos até siderúrgicas, mas em geral elas refletem a expectativa de aquecimento da economia brasileira nos próximos meses e aumento do consumo, com locadoras de veículos, autopeças, telecomunicações, construção, saúde, energia e agronegócio. No total, 18 ações tiveram mais de duas indicações das corretoras.

Neste mês, serão conhecidos os resultados das empresas no segundo trimestre, o que deverá ter impacto nos preços das ações. Como as pequenas empresas dependem mais do mercado interno, e a economia andou fraca também no segundo trimestre, é possível que nem todas se saiam tão bem. Mesmo assim, prevalecerá o andamento da reforma da Previdência para definir a tendência das ações em geral e também das small caps. Se a reforma avançar, haverá espaço para novas altas e para uma retomada mais forte da economia, ajudando em especial as small caps voltadas para o mercado interno.

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A Itaú (SA:ITUB4) corretora decidiu aumentar a vinculação da carteira ao mercado em geral, bem como a exposição doméstica. A corretora removeu Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e Metal Leve, ambas empresas com menor correlação com o mercado interno e elevada exposição ao mercado externo, apesar de os analistas do setor manterem suas perspectiva otimistas em relação às companhias, com recomendações de outperform (desempenho acima da média do mercado) para ambas.
A corretora acrescentou Usiminas (SA:USIM5) e Randon em sua carteira. Embora reconheça que os indicadores econômicos de curto prazo permanecem pressionados, o Itaú acredita que a potencial aprovação da reforma da previdência irá sustentar o “momentum” do Ibovespa, impulsionando ações com “betas” (correlações com o mercado) maiores, como a Usimnias, com um “beta” de 1,3 vez o mercado. Também acrescentou Randon, que possui um elevado beta de 1,4 vez e uma maior correlação com o PIB brasileiro. “Além disso, nossos analistas do setor veem espaço para que a Randon aumente seus preços e melhore a diluição dos custos fixos”, diz a corretora.

Por Arena do Pavini